Sombras Do Passado - Livro 1 (FINALIZADO)

Capítulo 24

Contém gatilhos, boa leitura.

Meu corpo estava totalmente acabado, ele violou meu corpo, minha alma, minha vontade de viver. Estava nua sobre a cama, havia resquícios de sangue em todo o lençol branco, ele havia me espancado enquanto me estuprava.

Meu ventre doía demais pelos golpes que ele me deu, minha vagina ardia e doía sem parar, meu ânus latejava a todo instante.

Ele subiu novamente em cima de mim, dando beijos em meu pescoço que também estava dolorido. Eu não tinha forças para impedi-lo, eu só queria dormir para nunca mais acordar, queria acabar com toda a minha dor nesse momento.

- Foi tão gostoso!

Chorei novamente, ele com irá agarrou meu pescoço apertando com muita força. Decidi não lutar, eu daria tudo para ele me matar nesse momento e eu descansar sem medo, sem pânico, somente descansar.

- Diga que foi gostoso, diga que eu sou o único que vai tocar nesse corpo. - vociferou com a fúria, eu neguei com a cabeça. - DIZ CARALHO.

- S-sim.

- Sim o quê?

- V-você é o único que irá tocar em meu corpo.

Ao lado o telefone começou a tocar sem parar, como alguns minutos atrás. Christopher, Anahí, Alfonso, Maite, Núria e Christian ligava para o seu telefone sem parar. Ele olhou e voltou a olhar para mim.

- Você a partir de hoje, vai parar de falar com todos os seus amigos, não os quero perto de você e nem você deles!

O olhei suplicante para que soltasse o meu pescoço, coloquei minhas mãos por cima das suas chorando.

— N-não estraga a minha vida...eu imploro.

O celular voltou a tocar novamente, ele saiu de cima do meu corpo e jogou o aparelho longe que se espatifou na parede em vários pedaços.

— O que será que meu primo vai pensar, que a própria noiva se deitou com o seu primo enquanto ele jantava na casa da sogrinha. — ele sorriu cínico.

— Você não seria capaz...

— Você acha que não?

Solucei em prantos, ele jogou minhas roupas na cama mandando eu me vestir novamente. Peça por peça, por fim até estar completamente vestida. Eu não conseguia ficar em pé de tanta dor em meu corpo, de soslaio vi meu olho roxo e minha boca toda cortada no espelho. Eu estava horrível.

Ele também se vestiu e destrancou a porta, veio até mim e puxou meu cotovelo me mantendo em pé a força.

— Só faltou isso. — uma dor insuportável, delacerante surgiu quando ele socou o meu ventre com muita força. A dor foi tanta que me joguei no chão, gritando desesperada.

— SOCORRO, MEU BEBÊ...

Ele colocou a mão sobre minha boca e assim me arrastou para o estacionamento. No caminho o sangue pingava, eu estava perdendo o meu filho e não poderia fazer nada para salvar a sua vida. Ele me jogou dentro do carro e sumiu as minhas vistas.

A dor era tanta que meu corpo gelou e começou a tremer sem parar, minha barriga começou a ficar dura dando enormes contrações fortíssimas. Eu gritava, esperneava de dor e ninguém aparecia, ninguém ouvia nada. Quando estava prestes a apagar, apenas lembro de ver William todo ensanguentado, com cortes profundos nós braços e a camisa rasgada.

— Dorme corazón!

Foi a última coisa que ouvi antes de apagar completamente.

{...}