Capítulo 2

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Estar em casa com minhas duas irmãs é como voltar em um tempo em que Margot não morava fora, e fazíamos tudo juntas. 

Hoje as três  foram para a cozinha. Cozinhar de fato apenas eu o fiz. As duas me auxiliaram. Descascar, cortar, untar, lavar a louça para não  acumular, essa parte burocrática.

Meu pai e Trina saíram apenas o final de semana para uma pequena lua de mel. Dr. Covey já  na segunda-feira estará disponível para trazer mais uma criança  ao mundo. Conversávamos sobre assuntos aleatórios. Nenhuma se atreveu a perguntar sobre mim e Peter.

Até  que…

Katherine Song Covey.

A menina mais atrevida da face da terra, como se fosse uma adulta, solta a bomba:

-Estamos esperando você  contar pra gente os detalhes da sua noite de amor com Peter.

A colher que eu estava usando cai da minha mão, espalhando um pouco de farinha sobre o balcão.

-Como é?
estou tremendo dos pés a cabeça  com essa indagação. Olho para Margot buscando apoio, ela franze a testa levantando os olhos e faz uma cara de "essa é  a Kitty". A vergonha que não senti quando desci do quarto com Peter, recaiu toda sobre mim agora.

Não sei o que dizer.
Não  posso negar o óbvio. Nem quero falar sobre sexo com minha irmã  mais nova. Na verdade não quero nem falar com a mais velha também. 

-Deixe a Lara Jean em paz Kitty.
Margot parece enfim sentir pena de mim e tenta me salvar da sinceridade voraz dessa menina.

Olho pra ela e pisco em agradecimento. 
Mas ela logo completa:

-Mais tarde ela vai me contar. Não é  Lara Jean?

Dou um suspiro em derrota. Respiro fundo e resolvo enfrentar as duas.

-Vamos lá.  O que querem saber?

-Tudo.
Responde Kitty. Alguém pára essa menina pelo amor de Deus. 

-Querida Katherine. Você  ainda não está na idade de saber detalhes sobre a vida sexual da sua irmã. Tudo o que você  precisa saber é  que aconteceu, nós  nos protegemos e eu o amo. O mais só  diz respeito a mim e ao meu namorado. 

Me viro para Margot e com o dedo em riste continuo.
- Isto serve para você  também.

-Mas eu já  sou mais velha Lara Jean. Posso saber mais que isso.

E ela ri, uma risada debochada.

Me volto pra ela:
você  me contou Margot, sobre a sua primeira relação sexual?

Ela para de rir no mesmo instante.  -Você tem certeza que está  no direito de querer que eu te conte algo?

Silêncio.

-Foi o que eu pensei.

Na hora do almoço eu estava apreensiva. Eu não queria ficar falando da minha vida sexual, mas não  podia perder tempo  com clima estranho em um momento que estamos as três  juntas.

Parece que estávamos em sintonia. Pois quando nos sentamos para fazer a refeição, não havia nenhum clima ruim. Era como se o diálogo de mais cedo não tivesse acontecido. Conversamos sobre o casamento, sobre as coisas engraçadas que aconteceram e sobre as expectativas de Trina ser oficialmente nossa madrasta.

Arrumamos a cozinha cantando, dançando e nos divertindo. Sentirei saudades quando Margot não estiver mais aqui. Em breve serei eu a deixar esta casa. Como Kitty vai ficar? Ela tem Trina, e de nós três, é  a mais apegada a ela. Mas...as Garotas Songs...uma em cada canto. 

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now