Capítulo 14

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Hoje é o aniversário de Peter. 

O dia amanheceu tão bonito. Não há nuvens no céu e o sol ainda brilha suave. Mas parece que hoje teremos temperatura alta por aqui. 

Tenho certeza que será um dia especial. Como Peter.

Levantei cedinho e preparei uma cesta cheia de coisas que ele gosta: tem cookies, pão de canela, cupcake de caramelo salgado e mini sanduíches. E a maior surpresa do café  da manhã,  bolo de azeite de oliva.

Quando ainda vivíamos um namoro falso, Kitty cismou que eu tinha que saber qual a comida favorita de Peter. Estávamos na estrada conversando sobre isso,  então citei o Bolo de Azeite de Oliva, e ele fez careta, duvidando que pudesse ser gostoso. Hoje tô cumprindo uma promessa que fiz há muito tempo.

Passei no Corner's para comprar o café e estou quase chegando em sua casa. 

Já passava das 8h quando estacionei. Ontem liguei para a Sra Kavinsky para contar que planejava passar lá bem cedinho. Fiquei um pouco envergonhada, mas ela se mostrou contente com a ideia do café.

-Bom dia Lara Jean. Entre. Viu como o dia está lindo? 

Ela também percebeu. Gosto de gente que contempla pequenas coisas, como um céu bonito, um jardim vistoso, assim como eu.

-Bom dia. Sim, eu percebi logo que acordei que seria um dia lindo.

Me aproximo da escada, nervosa, com medo de que Peter acorde antes que eu chegue em seu quarto. Mas Sra Kavinsky me pára, querendo esticar conversa.

-Você acredita que no dia em que  Peter nasceu, caia um temporal? Bem quando estávamos indo para a maternidade. Na hora do parto eram raios e trovões  assustadores.

-Jura Sra Kavinsky? Que dramático.- eu comento sorrindo 

-Sabe o que o Peter diz sobre isso? -Eu não sei, mas com certeza ele deve se gabar de alguma forma.

-O que ele diz? -Pergunto.

-Ele diz que era a natureza chorando porque alguém estava nascendo pra brilhar mais do que o sol. 

Eu começo a rir, porque Peter é assim mesmo. Extremamente convencido. O que é contraditório: como pode alguém tão metido, ser querido por todo mundo ? Não tenho resposta. Me considero a maior vítima dos encantos de Peter Kavinsky. 

Chego em seu quarto na ponta dos pés, um pouco atrapalhada pois estou com sacolas, dois copos de café e a cesta com tudo que preparei para ele. Deixo as coisas em cima da mesinha de estudos, e o observo. 

Peter não parece mais aquele menino que me conquistou no 2 ano e  me beijou num ofurô durante a viagem de ski do colégio. Foi você que me beijou, ele diria se ouvisse meus pensamentos. Agora se tornou um homem como gosta de frisar.

Ele está deitado de barriga para cima, usando uma calça de moletom e uma camisa de malha branca. Seu cabelo cresceu bastante desde a formatura, então tem um monte de cachinhos sobre a testa. A barba ainda entrega que ele está entrando na vida adulta, faz um sombreado leve porque ainda é ralinha. Eu gosto, pois é o suficiente para me fazer cócegas em alguns momentos,porém  não esconde a cicatriz perto da boca, que eu amo tanto.

Um braço está sob o travesseiro e o outro no abdômen, com a camisa levantada até a altura do umbigo. Noto as entradas que formam um V bastante sensual. Me sinto quente. Poderia me aproveitar dele, está tão vulnerável. Se eu me sentasse em seu colo agora, ele não teria nem tempo de se defender. Balanço a cabeça espantando esses pensamentos um tanto absurdos. 

Me aproximo devagar, e esfrego meu nariz no dele. Ele demora para reagir, continuo  e então  se vira de lado, ficando de costas pra mim. Apenas sussurro em seu ouvido:

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now