Me marca, sou todo seu Parte I

Capítulo 38

Esta semana será intensa!

Parece que todos os professores se reuniram em um conselho e resolveram pedir trabalhos complicados para serem entregues no mesmo período. 

Que correria! 

Se não bastasse a Feira Literária que está se aproximando, ainda tenho prova de Matemática com a missão de tirar no mínimo 80.

Hoje chegam os banners e portfólios que me deram tanta dor de cabeça, fico ansiosa para ver se está tudo certinho.  

Estamos no auditório acertando mais alguns detalhes da feira. O Sr Carlton está uma pilha, e ele é sempre tão tranquilo, embora exigente. 

-Vamos lá gente? Acho que estamos todos aqui, quanto antes começar, menos falta para acabar.

Olho ao redor e não vejo Jacob, estranho porque ele é sempre pontual e faz questão de nos lembrar disso cada vez que alguém se atrasa. Pergunto para Ashley, que está ao meu lado, o que houve com ele e quem responde é o professor, sem mesmo virar para nós, se mantendo voltado para a lousa.

-Jacob não faz mais parte desta equipe e está proibido de comparecer à Feira Srta. Covey, pressuponho que saiba o motivo. Mas isso não é assunto para agora. 

Fico boquiaberta com a notícia,  mas não posso dizer que não gostei. Só não imaginava, pois no dia do ocorrido, falei com Sr.Carlton e ele não demonstrou nenhuma reação que levasse a isso.

Conferimos o material, desenhamos um mapa de funções para o dia da feira e o professor trouxe um levantamento de fatos inesperados que aconteceram em edições anteriores e o que devemos fazer em determinadas situações.

Almoço com Kelly, e conversamos um pouco sentadas à sombra de uma árvore na parte mais sossegada do campus. Eu definitivamente amo esses momentos de paz em Berkeley.

-Eu levei o Collin para conhecer minha família nesse final de semana.

Me levanto na mesma hora, empolgada. 
-Me conta, como foi?

Ela me olha com uma cara séria e abaixa a cabeça. 

-Minha mãe achou ele lindo, gostoso e inteligente e meu pai assistiu uma partida de baseball com ele, tomando uma cerveja. 

Pulo em cima dela a jogando no gramado com um abraço.  Minha alegria é genuína, sem contar que ela me assustou com essa cara feia, fazendo suspense.

-Eu sabia que isso era coisa da sua cabeça. Ele é um cara legal Kelly, óbvio que seus pais vão adorá-lo e apoiar o namoro de vocês. 

-Obrigada amiga. Ele adorou o Kavinsky, falou para gente marcar alguma coisa juntos.
Eu rio lembrando da tietagem de Peter sobre o namorado da minha amiga. 

- Vamos. Vai ser muito legal.

A tarde estudo para a avaliação de matemática mais uma vez.   Na última aula peguei a prova anterior que ele aplicou, corrigi e agora estou refazendo para saber o tipo de questão que ele aborda e o que costuma cobrar. Para falar a verdade, embora esteja nervosa, estou bem confiante que eu vou me dar bem.

**
Acordei com uma dor de barriga tremenda. 

-Eu não comi nada demais.
Falo com Kelly, depois de voltar a quarta vez do banheiro.

-Pode ser nervoso Lara Jean. Você anda para cima e para baixo com bloco de anotações  do Sr.Carlton e o caderno de Matemática do Frank.  

-É verdade, pode ser isso. Tenho que me hidratar melhor, se não as coisas podem ficar feias de verdade.