Capítulo 32

167 14 4
                                    

Quando chego em Stanford, imediatamente envio minha localização para Peter. Ele me liga 2 minutos depois, assim que visualiza a mensagem. Atendo e ele fala comigo gritando ao telefone.

-Eu não acredito que você tá aqui. Você tá aqui?

-Estou. Cheguei agora em Stanford, vim com o professor de Redação, o Sr.Carlton.

Peter não me deixa terminar, está completamente eufórico com minha presença. 

-Onde você está.? Eu não tô acreditando. 

-Pode acreditar. Eu estou na Faculdade de Educação, meu professor veio dar uma palestra. A gente pode se ver?

Foi um tiro no escuro essa visita surpresa. Durante o dia nós nos falamos e  sondei como estava sua programação de treinos e aulas. Fiquei um pouco triste quando ele disse que treinaria às 19h. A palestra do Sr.Carlton estava marcada para às 18h. 
Com sorte nos veríamos um pouquinho antes de iniciar o seu treino.

Mas resolvi arriscar.

Cheguei em Stanford passava um pouco das 16:30. Meu professor realmente é muito preocupado em honrar seus horários e preparar sua apresentação com antecedência. Graças a isso, vou conseguir ficar um pouco mais com Peter.

- Vá Senhorita Covey. Vá encontrar seu namorado. Espero que isso deixe você inspirada para as minhas aulas.

-Obrigada Sr.Carlton. Com certeza eu voltarei bastante inspirada.
Ai Lara Jean. Você e sua boca grande.

Sigo direto para o campo de Lacrosse. Achamos melhor estarmos mais perto do local da atividade de Peter, assim não precisaríamos de um tempo maior para que ele se deslocasse até lá sem se atrasar.

Chego antes dele. Quando o vejo se aproximando corro a seu encontro e me lanço em seus braços, me pendurando em seu pescoço, como na primeira vez em que o beijei. 

Peter ri, fala e me beija  ao mesmo tempo. A felicidade pela minha presença está estampada no seu rosto de garoto bonito.  O mais bonito de todos os garotos bonitos. Se eu soubesse que o faria tão feliz  teria feito antes. 

-Não estou acreditando que  você está aqui Amor.
...
-Aaaau! Doida! Você me beliscou. 

-É para você acreditar que é verdade.

Após a brincadeira eu o beijo novamente. Peter está com o uniforme de treino: short e camiseta vermelha, que destacam sua pele bronzeada do sol da Califórnia.  Ele não costuma usar esta cor, mas ficou especialmente bonito, combina com seu humor alto-astral. 

Subimos as escadas da arquibancada, nos sentando no último degrau. Peter tem nas mãos uma sacola com lanche,  que deveria alimentar todo o time, mas agora temos fome de outra coisa.  Nos sentamos virados para lados opostos e ficamos na posição perfeita para muitos beijos,  quentes e longos.

Quando Peter se recosta na parede que cerca parte do campo, ponho meu tronco apoiado no seu, repousando meu rosto em seu pescoço.  Parece que vou me embriagar com esse cheiro, eu ficaria horas sentindo seu perfume e o calor do seu corpo junto ao meu. Ele desliza a mão pelas minhas costas,  fazendo o desenho da coluna, de modo carinhoso, mas me causando arrepios. 

-Que novidade foi essa de vir até aqui durante a semana, e ainda mais com um professor? 

-Eu morri de vergonha quando fui falar com ele, mas fui sincera, acho que ele sentiu isso e de alguma forma me compreendeu. Ele disse com seu jeitão  cativante: "eu já fui jovem Srta Covey". 

O sol vai começando a se pôr, e nós somos testemunhas de um céu colorido com tons que desfilam entre azul e roxo, amarelo e laranja. Nunca vi nada parecido. Me deito sobre a coxa de Peter e quando o olho, o vejo emoldurado por essa pintura. É incrível como ele é lindo e nunca me canso de admirá-lo. 

Me marca, sou todo seu Parte IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora