Capítulo 4

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Chegamos à casa de Gabe, havia poucas pessoas ainda. A arquitetura, os ambientes, a mobília, tudo era incrível, de muito bom gosto. No jardim tinha uma fonte, que acho que se eu morasse aqui seria meu lugar preferido. 

Tem uma área coberta, onde está montada uma mesa com bebidas. Primeiro indício de que haverá...festa. Gabe nos vê de longe e grita.

-Peeeet. Laranjinhaaaaaa

A festa mal começou  e ele já está bêbado? Acho que não. O jeitão dele é  esse mesmo. Fala alto, abraça todo mundo e acha tudo lindo.

-Chegou meu casal modelo, minha meta de vida. Não, falo sério. Meu sonho é conhecer alguém igual a vocês.

- Você já conhece a gente, Gabe.

-Peter não enche. Você entendeu. Eu quero conhecer uma pessoa, e ter um relacionamento assim, meloso igual ao de vocês. 

-Devo encarar isso como um elogio?- Eu digo sorrindo. 

-Claro. Claro que é  um elogio. Eu fico imaginando a minha vida com alguém que cozinhe, seja inteligente, bonita e…

-Gaaaaaaabe.
Peter não deixa que Gabe complete, e eu não imagino o que ele diria. 

-Fala galera. O que ta rolando?
 Trevor chega  cumprimentando a todos.

-O de sempre.

-Gabe dizendo que quer uma Lara Jean? Você  não se cansa disso? Ela é  do Kavinsky e não.  Não  tem uma cópia dela por aí. 

Peter aperta os lábios e levanta as sobrancelhas concordando com Trevor 
Gabe muda de assunto, nos chamando para uma rodada de beerbong. Eu os acompanho até a mesa, fico achando que Peter vai participar também, mas ele pára ao meu lado e passa o braço pelo meu pescoço.

-Você  não vai jogar?

- Não,  tô  dirigindo.

-Uhmmm. Que garoto responsável 

-Homem. Homem responsável 

Eu tenho vontade de rir. Mas me contenho. Sim, Peter já era um homem. Cada vez mais forte por causa dos treinos de lacrosse, a barba ainda um pouco escassa lhe dando um ar de mais velho. Mas pra mim ele nunca vai deixar de ser um garoto. Quando tá comigo ele não parece tão adulto assim. Ele faz bico, faz charme, se aninha no meu colo igual um gatinho. Ele não tem medo de se mostrar vulnerável para mim. E eu amo isso nele. 

-O que você tá olhando Covey?
Acho que fui flagrada admirando-o. Será  que ele não tem mesmo noção do quanto é bonito?

-Nada.
Eu respondo. 

Disfarço. Ele sabe sim que é bonito. Vive dizendo por aí que é irresistível. Pensar que  já escrevi que eu era imune aos seus encantos, achei que dessa água não beberia. 

Algumas semanas perto dele, bebi a água, tomei banho na água,mergulhei na água e agora estou morando em um continente submerso na água.

Peter me envolve em seus braços e vai me carregando até  o outro lado do jardim, onde tem um balanço de ferro, desses de 2 lugares, parece de filme antigo. 
Já entendi. É o momento em que  me quer só  pra ele. 

-Temos 5 minutos até  nos descobrirem aqui e se juntarem a nós. 

-A culpa é  sua, que parece que tem mel de tão doce.

-Ahahah. Você é  engraçada Covey.

-E você adora.

-Adoro mesmo. Amo!
Ele esfrega o nariz na minha bochecha, aspirando o cheiro da minha pele.

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now