Capítulo 25

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Na aula de Redação o professor fala sobre a Feira Literária que acontece todos os semestres. Eu fico encantada quando ele conta como foram as edições anteriores, muitas obras pelas quais sou apaixonada foram exibidas nas mostras de maneira visceral, por terem sido exploradas na visão de fãs amadores, e não profissionais que dão um tom mais frio às  produções. 

Kelly diz que não vai participar porque está muito envolvida com o GDDM, mas eu estou empolgada. Na  escola eu adorava essas feiras culturais, que envolviam planejamento, pesquisa, trabalho em grupo, textos, confecção de cartazes, figurinos e tudo mais. Estando agora na faculdade, é tudo maior e mais sério.  E é exatamente o tipo de coisa que quero cursar: Literatura.

No fim da aula, me apresento ao Sr.Carlton 

-Bom dia. Eu estou muito interessada em participar da feira. Eu adoro ler, gosto de escrever, bom, estou aprendendo ainda. Suas aulas têm sido muito esclarecedoras.
Meu nome é Lara Jean. Lara Jean Covey.

-Olá menina. Calma, respira. 
Estou elétrica com tantas possibilidades e o professor, como é muito sensível, logo percebeu minha excitação. 

-Me desculpe. Estou muito empolgada.

-Calma. 
Ele arruma suas coisas pacientemente, e enquanto fecha o laptop parece ter sido tomado de repente por uma lembrança.

-Por acaso, a senhorita é a mesma Lara Jean Song?
Como ele me conhece?

-Sim, sou eu mesma. Lara Jean Song Covey.
Ele abre um sorriso e tira os óculos, pedindo para que eu me sente em uma cadeira próxima à sua mesa. Eu não estou entendendo nada.

-Eu faço parte do corpo de admissão da universidade  Eu li sua redação sobre o falecimento da sua mãe e sobre como você e sua família passaram por isso.

-Sério? O senhor leu? E mais...se lembra?
Nossa. Estou passada. Lisonjeada, quero dizer.
Ele ri da minha forma atabalhoada de me comportar. Devo estar parecendo uma boba, que não consegue se controlar.

-Eu li sim. E devo dizer que fiquei surpreso com um talento desses, ainda no ensino médio. 

-Obrigada!

-Me diga senhorita Covey. Já pensa que carreira seguir?

-Eu não sei exatamente que ramo vou seguir, mas com certeza quero cursar literatura inglesa. 

-Que bom. Talento para isso você tem.

-Obrigada, mais uma vez.
Meu Deus, ele lembra da minha redação de admissão, que coisa incrível. Fico extasiada com isso. E como se já não fosse bom o bastante ele me chama para ajudá-lo na organização da feira.

-Eu sou um dos coordenadores do evento. Você não gostaria de me auxiliar nesta missão? 

-Eu? Lhe ajudar?

-Sim.

-Sim. Claro que quero. Eu aceito. Aceito sim.
Mas uma vez minha empolgação fica notória. 

-Ok. Anote seu número aqui, por gentileza. E vamos mantendo contato.

-Ok. ok.
Digo terminando de anotar meu número na agenda dele, bem como antigamente, na letra C. 

-Teremos muito trabalho, senhorita Covey.
Até mais. 

Ele se levanta e sai da sala, me deixando com a  cabeça fervilhando de perguntas e ideias. Como é bom sentir essa sensação de ter feito algo bom no passado, que ainda rende frutos.

**
Conto para Peter sobre o Sr. Carlton, a minha carta de admissão e o convite para participar da organização da feira literária. Ele fica feliz com minha animação, diz que gostaria de ver como vou me sair em meu primeiro trabalho acadêmico dessa natureza.

Me marca, sou todo seu Parte IHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin