Capítulo 5

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-Eu não vou descer.

-Pára de bobeira Covey, vamos. Eu tô com fome. 

-Com que cara eu vou olhar para a sua mãe Peter?

-Com a cara de quem teve uma noite de sexo com o namorado. 

- Você não consegue falar sério nunca? Eu tô com vergonha. Sua mãe deve imaginar o que fizemos durante a noite e ainda tem a questão dela não ser minha fã número 1.

-Não. Ela é  sua fã número 2. Porque 1 sou eu.

-Aff. Eu desisto de você.
Sua expressão muda, de divertido para contrariado. Eu me aproximo e ele me abraça, colocando o rosto na curva do meu pescoço.

-Não repita isso nunca mais.

-O quê?

-Que desiste de mim.

-Peter eu tava me referindo a…
Ele me interrompe. 

-Não repita isso, nem brincando.

-Tá bem. Me desculpa.

**
Estamos há alguns minutos sentados à mesa: eu, Peter, Sra. Kavinsky e Owen, em um silêncio quase ensurdecedor. 

-Eu quase posso ouvir o som da digestão de cada um de vocês aqui.

O jeito de Peter querer quebrar o silêncio é  ainda mais constrangedor.

-Vamos lá  pessoal. Aqui nesta mesa está  o seleto grupo das pessoas mais importantes da minha vida. Precisamos manter uma relação harmoniosa se quiserem que eu seja plenamente feliz.

Eu tenho vontade de chutar a canela de Peter por debaixo da mesa. Mas ele tem razão. Sra Kavinsky pode não gostar de mim, mas eu não pretendo deixar seu filho por causa disto, então é bom que eu dê o primeiro passo para a tal relação harmoniosa.

-Estão uma delícia os waffles Sra. Kavinsky. Obrigada por me receber em sua casa.

-Não tem de que minha querida. Saiba que você é bem-vinda nesta casa e volte o quanto quiser.

Ela segura minha mão e sorri. Wow. Por essa eu não esperava.

-Peter me contou que você vai estudar na NYU. Como estão  suas expectativas?
Você está sendo uma menina de coragem. 

-Sim. Acho que foi a coisa mais corajosa que fiz em toda minha vida.

-Ahhhh. Sério? Eu achava que seu maior ato de coragem foi quando pulou em mim no corredor da escola.

Owen arregala os olhos espantado, mas parece querer  saber mais detalhes desta sandice. 

-Isso não foi um ato de coragem, foi um ato de loucura isso sim. 
Eu prontamente respondo, deixando Peter boquiaberto.

-Caramba Covey, você foi cruel agora.

Sra Kavinsky aparentemente terminou seu café e está com os braços apoiados na mesa segurando o queixo. Ela olha de mim para Peter com carinho. Está me avaliando é verdade. Mas quem não avaliaria a garota que tomou conta do coração de seu filho?

-Eu criei meu filho muito bem, não foi Lara Jean? Embora seja muito mimado, ele está se tornando um bom homem.

-Sim, ele é  um garoto maravilhoso.
Sorrio olhando para ele, sentindo realmente muito orgulho de quem ele é.

-Homem. Minha mãe disse homem.

Todos nós rimos, exceto Peter, e ficamos conversando por mais alguns  minutos, até que sua mãe tenha que ir para a loja.

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now