Capítulo 46

156 12 3
                                    

As férias estão passando rápido feito um cometa. Eu estou aproveitando bastante, minha casa, minha família, Lucas. 

E Peter.

 Às vezes a gente promete não ficar tão grudado o dia inteiro, ou então cada um dormir na sua casa, mas não tem jeito. Ou eu ligo para ele vir experimentar uma receita nova ou ele aparece de surpresa tarde da noite para vir dormir comigo. 

Hoje é um dia desses. Ele foi ajudar a mãe a fazer um fechamento na loja e disse que não viria mais tarde. Mas cá estou eu, estacionando na porta de sua casa, quase 23h com cookies de frutas cristalizadas recém saídos do forno.

Mando uma mensagem:

LJ:Tá acordado? Vem abrir a porta pra mim.

PK: Que porta? Tá doida? 

LJ: A porta da sua casa, anda. Tá frio.

PK: Eu não tô vendo seu carro. Vc tá me zoando?

LJ: Eu parei na rua de trás Peter. Anda, sua mãe já foi deitar. Não faz barulho.

Quando ele vê,  me abraça apertado, se mostrando feliz com a surpresa. Subimos em silêncio para o seu quarto e conversamos até altas horas. Namoramos também, claro. 

Tudo em Peter é viciante. Seus beijos, sua voz, seu cheiro, o calor de seu corpo. Mas eu sinto falta até mesmo do nosso silêncio.  Conosco o assunto nunca acaba, eu falo muito, ele fala muito, então sempre temos o que falar. Mas as vezes acontece de ficarmos em silêncio, e me sinto confortável com isso. Desfrutar apenas de sua presença.  Meu peito dói em saber que em breve as conversas, o silêncio e o sexo serão esporádicos.  

**

Nossa última semana em casa está cheia de atividades.
Hoje nosso encontro é com Kelly,  vamos pedir pizzas e comprei umas cervejas. Pensamos em nos encontrar para fazer um programa diferente, mas o tempo ficou curto e só conseguimos esse encontrinho na minha casa. Tenho certeza que será divertido.

LJ: Chegue às 20h na minha casa, sem atrasos. Tenho uma surpresa para você. 

Sim, Senhora!!!! 

Peter toca a campainha 10 minutos após as 20h. Considerando seus padrões de atraso, isso não é nada. Vou atender com um sorriso que chega a doer minhas bochechas. 
Adoro fazer surpresas!

- Cadê minha surpresa? 
Ele pergunta ansioso me abraçando pela cintura. 

-Você está vestindo ela? 
Ele põe a mão na gola da minha camisa e puxa, tentando olhar o que estou usando por baixo.

-PETER????
Fico roxa de vergonha, estão todos na sala, e com certeza viram esse humor adolescente do meu namorado. Mas ele não está nem aí. 
Dá um salto que em dois passos chega onde Collin Brenneman, o namorado de Kelly e seu ídolo mor do Lacrosse,  está sentado.

-Cara…....ca! Que bom ver você de novo Collin. E aí?
Peter conserta a besteira que ia falar na frente do meu pai bem a tempo. Ufa. Sua alegria em reencontrar Collin deixa minha família surpresa. O único jogador de Lacrosse que eles conhecem é Peter Kavinsky, então não fazem ideia do que representa ter Collin Brenneman sentado no meio de sua sala. Para falar a verdade, eu também não faria, se não fosse todo o entusiasmo de Peter.

Collin é um amor de pessoa. Fico pensando em como a gente julga o outro sem conhecimento de causa. Passei a escola inteira achando que atleta era um pessoal chato, metido e desprovido de inteligência. Que nada! Puro preconceito. Não é que não haja atletas assim, mas eles em sua maioria são boas pessoas, divertidas e inteligentes. 

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now