Capítulo 47

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-O táxi chega em… 7 minutos.
Diz Lucas quando saímos do cinema.

-Nossa, Peter já me mandou trocentas mensagens perguntando que horas a gente vai chegar.

Lucas ri, como grande incentivador  que é do meu namoro. Ele adora o Peter, e acha tudo lindo, até quando ele pega no meu pé, tipo agora.

-Falei que estávamos no cinema, e que íamos direto para lá. Não tem necessidade de ficar mandando "cadê você" a cada 5 minutos.

Ele fica olhando para a minha cara, nitidamente segurando um sorriso. 

-O que é?

-Nada. Não é nada.
Mas a cara de sacana continua lá. Fico o encarando, no estilo, fale por bem ou por mal.

-Você tem o sonho da Adler a seus pés e fica reclamando. Amiga, ele tá na casa do Gabe, num reencontro da escola regado a tequila. Devia ficar feliz que ele quer que você chegue logo. 

- Não tô reclamando. Só estou...sei lá.  
Dou de ombros e tento organizar meus pensamentos. 

-Eu gostei desse tempo com você Lucas. Acho que é importante manter por perto minhas amizades, ter um tempo de qualidade com a minha família. Além do que Peter jamais assistiria O Melhor de Mim comigo sem reclamar, muito menos iria se debulhar em lágrimas como você. 

-É. Vocês são bem grudados, tem que ter seu espaço também. 

-Sim, somos muito. Hoje ele foi embora da minha casa depois do café,  passou na mãe e já foi pro Gabe. Devem ter passado o dia jogando vídeo game. Adoro estar com ele, quase não consigo ficar longe, mas também dou valor ao tempo que passamos com outras pessoas.

-Ai amiga! Você tá tão madura, Berkeley tá fazendo muito bem a você. 

Sorrio e logo em seguida nosso táxi chega. 



Quando chegamos, a rua de Gabe está tomada de carros e as pessoas se aglomeram por todos os cantos da parte externa. Encontro Trevor de conversa com uma menina que ainda estuda na Adler, ele me cumprimenta de onde está e continua sua investida. 

Dentro da casa, não é tão diferente. Muita gente, conhecida e desconhecida, circulam para lá e para cá com copos de bebida na mão. 

-Meu Deus. Nunca vou encontrar Peter no meio dessa multidão. 

-Talvez não. 
Diz Lucas quando vê Peter se aproximando a passos largos de nós. 

-Oi Lucas!

-E aí Kavinsky?

Ele me aperta contra o peito e em seguida beija minha testa. 

-Você demorou! Viram o que? Ben Hur?
Reviro meus olhos impaciente mas fico na ponta dos pés para beijá-lo.  Na boca!

-Estou com sede, me leva até a cozinha?
Peter me pega pela mão e vai me guiando entre as pessoas.  Não estou surpresa por ter muita gente na cozinha também.  Tem um casal se beijando freneticamente e um totalmente o oposto, entre gritos e acusações de traição. 

-O Gabe é doido, ele chamou a Adler inteira e acho que outras escolas da vizinhança. Tem gente que eu nunca vi na vida.

-Se você que é o Peter Kavinsky nunca viu, imagina eu.

Termino de tomar um refrigerante e saímos da cozinha.

-O que você quer fazer?
Ele pergunta no meu ouvido, com os polegares presos no passador da minha saia.

-Num sei. O que você tava fazendo quando eu cheguei?

Peter ri.

-Tava brincando de Eu Nunca. 
O encaro séria. Uma das brincadeiras que mais odeio, as perguntas são sempre íntimas demais. O que significa que as pessoas estão sabendo mais do que eu gostaria da minha intimidade com Peter.

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now