Capítulo 12

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O piquenique no lago foi ótimo.  Curtimos a presença um do outro, mais que tudo. Não houve beijos cinematográficos, embora eu tenha tido vontade em vários momentos. Mas conversamos, rimos, até uma pequena discussão sobre quem telefona ou manda mensagens mais vezes ao longo do dia.

Começamos a arrumar as coisas no carro para ir embora. Guardo minha cesta de piquenique no porta malas, enquanto Peter chega com a bolsa térmica. Olho para os lados para me certificar de que não há nenhuma criança nos observando. 

Abraço Peter por trás e colo meu rosto em suas  costas. 

-Fica comigo o dia todinho? 

Ele se surpreende com o gesto, cruza suas mãos com as minhas e as beija.

-Isso é tentador.

Ele me responde e se vira para mim. É impossível não beijá-lo nesse momento perfeito.  Coloco meus braços sobre seu pescoço, enquanto ele me enlaça pela cintura.

Nosso beijo encaixa tão bem. Penso que poderia beijar Peter durante horas. Ainda sinto um frio percorrer minha espinha quando ele me beija assim. 

Vou recuperando meu fôlego e ele cola sua testa na minha.

-Você me beijando em público? Que novidade foi essa?

Eu o abraço, sou pequena e minha cabeça  repousa perfeitamente em seu peito. Fico com um pouco de vergonha de tê-lo atacado.
Mas não arrependida. Pelo contrário. Deveria ter feito antes. 

-Beijei porque eu te amo. E...não tem quase ninguém aqui.

-Uhm! Gostei disso. Vem cá.  Quero mais.

Ele se recosta na traseira do carro, com o porta malas ainda aberto, ficando quase da minha altura. E volta a me beijar. 

-Quer almoçar lá em casa?

-Deixa eu adivinhar: sua mãe fez lasanha?

Peter faz uma careta, denunciando suas segundas intenções. 

-Mas é muito cara de pau mesmo. Você sabe no que deu ir almoçar na sua casa outro dia 

-Foi bom, não foi?

Sua voz soa rouca e sensual próximo a mim, e ele começa a morder meu pescoço.

-Foi demais. Mas nós ainda estamos em um local público, então comporte-se.

**

Estamos a caminho da casa de Peter. Mas dessa vez, sem riscos das coisas avançarem entre nós.  Sua mãe já avisou que chegará para o almoço e Owen ainda não foi para o acampamento de férias.

O almoço transcorreu em paz.  Sra. Kavinsky contou sobre como Peter era agitado quando criança e que  praticou todos os esportes que ela já tinha ouvido falar.

-Acho que ainda é um pouco agitado. Ele mordia a tampa da caneta e rabiscava o caderno em todas as aulas de química. Isso quando ele não cismava de ficar brincando com meu cabelo até me distrair.

-Graças à minha agitação eu ganhei uma bolsa na faculdade. Vocês deviam agradecer por isso. Não se unir contra mim.

Owen fica rindo do irmão, fisicamente eles são muito parecidos. O mesmo sorriso e o jeito de se expressar usando as sobrancelhas. Owen é bem tímido, mas já fica um pouco mais à vontade comigo. 

-Mãe. Conta daquela vez que ele não ficava quieto no mercado, e você se escondeu dele.

-Cala a boca, pirralho.

-Opa. Essa eu gostaria de saber.

A mãe de Peter começa a rir antes mesmo de iniciar a história. Ela respira fundo, e continua.

Me marca, sou todo seu Parte IWhere stories live. Discover now