Capítulo 35

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O luau já começou. Ao longe vemos movimentos de pessoas, tochas e uma fogueira. Mas não temos pressa. Ficamos por um tempo ainda aproveitando a companhia um do outro.

-Vamos voltar?

-Sim. Quero conhecer o pessoal da sua faculdade.

Peter ri e me suspende pela cintura rodopiando.
-Do jeito que você anda ciumenta, acho que você quer conhecer as garotas da minha faculdade.

-Eu não tenho ciúmes infundados Peter Kavinsky. Meu ciúme é totalmente justificado e baseado em fatos reais. E você sabe...

-Contra fatos, não há argumentos.
Ele fala debochadamente junto comigo, pois eu sempre digo isso à ele, em muitas situações.

Vamos caminhando pela beirinha do mar, Peter com os pés na água. Queria eternizar esse momento, ele com os cabelos alvoroçados pelo vento, seu semblante relaxado, seus olhos brilhantes, toda a sua beleza realçada a luz da lua, nada lembra o nosso desentendimento anterior.

De repente Peter para na minha frente de costas para mim e se abaixa.
-Vamos. Sobe.

-O que você tá fazendo?
Eu não vou subir nas suas costas.

-Pára de bobagem Amor. Eu vou te levar assim, vai ser divertido e romântico. Me dá sua mão, vem.

Dou risada e faço o que ele quer. Enlaço seu pescoço com meus braços e cruzo minhas pernas em sua cintura. Peter passa a mão por trás do meu joelho e vai me carregando assim pela areia, como se eu não pesasse quase nada.

Nem parece que é o mesmo local que estávamos mais cedo. Agora está tudo decorado, tem frutas e lanches, coolers com bebidas, várias tochas, festão de luzes e um pessoal afinando instrumentos. Há muitas pessoas espalhadas pela areia e outras não param de chegar.

Peter se aproxima de um grupo e cumprimenta a todos com aperto de mãos e tapinhas nas costas.

-Essa é a Lara Jean.

Ele me apresenta, em seguida vai dizendo o nome dos colegas e todos acenam para mim. Uma menina se aproxima e me abraça, como se me conhecesse, mas não me visse há muito tempo.

-Eu sou a Hazel. A colega mais legal do Kavinsky e a que mais ouve sobre você, Covey.

Covey?

Hazel é animada e falante. Me puxa pela mão para pegar uma bebida e ficamos um tempo conversando. Ela me conta que faz algumas matérias com Peter, que se apegou muito a ele por terem o mesmo jeito descontraído e que quase já foram expulsos da aula de Psicologia porque não paravam de falar e rir.

Peter continua com o grupo, falando alto e rindo de qualquer coisa. Eu observo como ele é o mesmo onde quer que esteja: divertido, falante e celebrado. Todo mundo adora quando Peter está, como era no colégio.

Ele me olha de longe e me diz tanta coisa sem falar nenhuma palavra, tenho vontade de correr para perto dele outra vez. Mas continuo onde estou: com Hazel falando pelos cotovelos e me contando sobre o apetite voraz de Peter. Mas ela muda de assunto tão rápido.

-Eu acho lindo essa coisa de vocês serem namorados desde o ensino médio.

-A gente até tentou terminar, mas não teve jeito. Ele não consegue viver sem mim.

Falo brincando, a verdade é que eu também não sei viver sem ele. Nem quero.

- Não consegue mesmo. Tudo dele é Covey pra cá, Covey pra lá. Um saco.

Meu olhar se cruza novamente com o de Peter, dessa vez ele pisca um olho como se estivesse me paquerando, eu sorrio de volta.

Volto com Hazel para onde está o grupo. Peter tem um copo de cerveja na mão e está sentado sobre uma pedra. Eu paro atrás dele e o abraço, enquanto ele fica me acariciando com a mão livre.

Me marca, sou todo seu Parte IWo Geschichten leben. Entdecke jetzt