07. Súplicas Perdidas

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Alguém comentou que fazia aniversário dia 18 e pediu para dar att! Então está aqui! Feliz aniversário, bem. Espero que goste.

Este capítulo contém aviso de gatilho à violência física.

Não esqueçam de votar e comentar, por favor.

Boa leitura, y'all.

E sussurrou, tão baixo, tão longínquo que a única coisa capaz de quebrá-lo, foi outro sussurro dilacerante.

Inspirou com força, pois já estava quebrada. Despedaçada. Engoliram sua alma e a cuspiram depois como se fosse... pedaços de si que não mereciam ser sentidos.

Pedaços que não merecem ser abraçados.

O sangue sacudiu seus sentidos e foi apenas com aquele cheiro, só com o cheiro do metálico destilando sua pele agora imunda, corrompida pela devassidão dos atos brutais; que ela acordou.

Ela, enfim, acordou para vida. E naquele dia, a ômega prometeu que sangue só se pagaria com sangue.

Que sua vida seria guiada pelo vermelho. Seria guiada pela morte.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

A personificação do pecado em forma de pessoa.

— Então, vamos começar?

Tentei conter minha língua ardilosa de proferir um xingamento que a irritaria, mas saiu de forma tão leviana que a mulher apenas gargalhou em minha direção.

E riu mais alto ainda, até suas maçãs do rosto despontadas se tornarem uma completa imensidão de vermelho rubro.

A língua, consumida pelo líquido carmesim tão parecido com o sangue que ela gostava, serpenteou pelos lábios finos como uma cobra farejando uma presa indefesa.

Me farejando.

— Louis, Louis... — Estalou a língua, parecendo repreender minhas ações com deboche. — Você é mesmo um gatinho arisco. Até mesmo sem camiseta e com essa bunda gloriosa para fora.

Não permiti minhas bochechas se avermelharem, devolvendo um olhar feroz, que demonstrava o quanto ela não me atingia ferindo minha dignidade.

— Suponho que gostou da visão — soprei de forma maliciosa, observando as narinas se dilatando.

— Eu gostei. Não posso mentir — deu de ombros, levando o vinho à boca. — Seu corpo é delicioso, mas seu cheiro... é enlouquecedor.

Estremeci levemente, mirando meus olhos nos mel intensos e frios. Gananciosos.

Assassinos.

Íris fez uma expressão de dor, tocando sua barriga e eu senti... o cheiro do cio se aproximando preencheu minhas narinas e eu quase revirei os olhos, porque era extremamente doce e chamativo.

Expirei fortemente, querendo mandar aquele odor de castanhas com toque cítrico para longe de mim. Longe da minha mente.

Lauren se remexeu, rosnando de forma selvagem, as pupilas dilatando-se ao ponto do verde quase desaparecer. Em um gesto, ela voltou ao normal, respirando fundo.

Acalmando seu lobo interior.

Íris levou seus olhos para Harry e eu tive que pensar rápido, jogando meu cheiro por cima para parecer que ele estava sendo embriagado por mim. Porque não existia razão para um alfa, supostamente comprometido, tomar supressores que o inibisse de sentir atração animalesca por "seu" ômega.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora