Viúva Negra | L.S

16,5. Nargot

Capítulo narrado pelo maior casal e para vocês entenderem a dinâmica inteira. É essencial ler esse capítulo para entender os futuros acontecimentos de larry e da fanfic.

Leiam com "my worst - blackbear"

Boa leitura, y'all.

♠

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

— Mario Quintana, Bilhete.

NIALL JAMES HORAN - P.O.V

A cortina deixava o reflexo da lua penetrar o quarto e mergulhava o ambiente na penumbra. Me mexi dentro da coberta quente e com a cabeça pesada, inclinei levemente meu rosto em direção a alfa que me abraçava com força.

Margot estava dormindo, os cabelos loiros estavam esparramados no travesseiro e ela tinha a expressão tão serena que meu coração idiota e estúpido bateu daquela forma de novo.

Tão rápido só para ela.

Nós tínhamos voltado do interrogatório longo com tanta coisa para conversar, mas como sempre a alfa que eu tinha me casado respeitou tão bem o meu momento que não tocou nenhuma vez no assunto.

Eu era uma pessoa tão ruim. Eu não merecia metade do que ela era para mim e tinha plena consciência de que uma pessoa tão gentil e graciosa merecia um ômega que demonstrasse mais afeto.

Margot jamais me cobrou nada em relação ao meu jeito e como eu levava os toques e sentimentos. Fui treinado por uma família de médicos, a maioria eram os de extremo sigilo e alto escalão da Ordem a serem frios e radicais.

Estava no meu sangue ser assim e eu nunca tive problemas nenhum até conhecer ela. Tão doce e gentil. Mesmo vindo de um lugar horrível e sendo trancafiada e abusada durante anos, ela ainda conseguia ser a pessoa mais doce do mundo.

Uma pontada de dor se alastrou na minha coluna de forma fina e tão intensa que eu deixei um gemido de dor escapar, fechando os olhos com a pressão horrível que eu sentia.

— Respira — sussurrei para mim mesmo, me desvencilhando dela e ficando de bruços, aliviando a pressão. — Que dor desgraçada.

Margot agitou-se ao meu lado e sentou-se de forma ágil com seu lobo em alerta. Parecia que ela sentia a minha dor ou quando eu estava mal toda vez que eu precisava.

— Ei, babe, o que aconteceu? — perguntou preocupada, a voz macia. — Está doendo de novo?

— Estou bem.

— Niall...

— Margot, eu já disse que estou bem — repeti com mais ênfase. — Pode voltar a dormir.

Fechei os olhos, me sentindo levemente irritado com meu lobo que parecia arranhar as paredes de dentro de mim implorando por algo. Meus caninos estavam tão doloridos que eu achei que iria rasgar a minha gengiva de vez. 

— Ok — concordou baixinho e eu me amaldiçoei pelo tom de voz meio cansado. — Quer uma massagem?

— Não. Já disse que pode voltar a dormir — sussurrei abafado e outra pontada de dor veio na minha lombar. — Merda.

Margot se arrastou até mim e penetrou os dedos com unhas afiadas como garras nas minhas costas, fazendo uma massagem leve e beijando meus cabelos com afeto.