10. Lar Maldito Lar

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Ooi! Eu disse que voltaria essa semana ainda. Obrigado pelos 15K! :)

Tenham uma boa leitura, y'all.


O amor é veneno.

Em grandes doses, ele te mata. Sua família, seus amigos, seus pretendentes românticos ou até mesmo você. Tudo em excesso, incluindo amor, envenena.

Entorpece, serpenteia e por fim bombeia em seu coração como um organismo vivo que se alimenta da sua fraqueza.

O amor é capaz disso. De enlouquecer até mesmo os mais lúcidos e sábios, os que desafiam a lógica e coragem.

Louis iria aprender que o amor, mesmo que fosse de sua família, poderia ser letal.

Mas por outro lado... outros tipos de amores, em doses pequenas, te tornam imune.

Como por exemplo: o amor da sua vida.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

O cheiro de carro novo, perfume caro e comida caseira preencheu minhas narinas, fazendo meu coração dar um solavanco em estranheza. Um arrepio lento subiu pela minha espinha e eriçou os pelos de minha derme, me deixando ansioso.

Puxei uma grande lufada de ar quando os portões finalmente abriram.

Minhas costas estavam devidamente cuidadas pelas mãos mágicas de Niall Horan, o maior médico-cirurgião que tínhamos dentro da máfia. Às vezes eu me esquecia que todos ali carregavam algum tipo de diploma, por mais inútil que viesse a ser.

Molhei meus lábios, sentindo o gosto metálico fornecido pela mordida generosa que eu dei na minha língua em nervoso. Ver a Mansão Tomlinson ainda me dava a sensação do garotinho de 4 anos sendo resgatado e achando que estava entrando numa espécie de castelo.

Margot parecia levemente cansada enquanto entrava com o carro e Niall fazia um leve carinho na perna dela, me deixando eufórico para fugir daqueles dois.

O amor deles às vezes me deixava muito invejoso.

Por trás do retrovisor, pude observar a Mercedes preta nos seguindo com dois seguranças no portão.

— Sr. Tomlinson, como é bom o ver novamente — disse Pierre, nosso mordomo que parecia ter mais de setecentos anos.

Mantemos porque ele era muito antigo e principalmente por ser a única pessoa que conseguia me acalmar quando criança.

— Ei, Pierre — sorri saudoso, o abraçando com força. Ainda tinha cheiro de lar. — Senti sua falta.

— Eu também, garoto. Seus pais te esperam na Sala Principal.

Fiz uma careta.

— De dez a zero, o quanto você acha que mamãe vai me xingar?

Ele riu, fazendo um leve carinho na minha bochecha e franzindo o cenho ao ver um leve corte ao lado do meu lábio inferior.

— Como foi lá? — perguntou baixinho.

Encarei o ancião com os cabelos grisalhos e olhos pretos amistosos, o beta que tinha cuidado de mim praticamente a vida inteirinha com afeição. Pierre foi o que sugeriu eu ir embora.

— Foi incrível — confidenciei. — Eu nunca fui tão feliz.

— Isso é bom, garoto. Conseguiu o diploma pelo menos?

— Não — dei de ombros. — Duvido que eu vá algum dia.

— Você nem precisa com essa astúcia toda — piscou um dos olhos, me fazendo sorrir. — Agora vá. Tenho que recepcionar os convidados.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora