ALFA JEONGGUK | BETA TAEHYUNG
Taehyung foi treinado a vida toda para ser um servo...
Como um beta, o seu papel no funcionamento do reino é simples: o de ser uma figura racional, responsável por dar andamento nas burocracias das vidas dos ômegas e do...
Como vocês estão? E o domingo de vocês? Espero que bem!
Muito, muito obrigada pelo apoio com essa história. Eu sei que sempre digo isso, mas cada voto, comentário e visualização é uma motivação para fazer mais e melhor :)
Espero que gostem!
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Música: Secret Love Song - versão Sing2Piano
No dia que seguiu, Taehyung tomou como meta ser mais ativo. O desconforto era uma constante, mas a dor havia se tornado um sopro do que era antes da visita da médica.
Jeongguk mandou lhe chamar no início da manhã, aparentemente invocando ajuda com alguma tradução.
Quando o beta chegou no quarto, encontrou Jeongguk debruçado sobre a escrivaninha rodeado de papéis e portando um olhar de concentração. Estudou o alfa por um momento. Desde a noite passada, Taehyung havia sentido uma acanhada mudança na aura dele, mas ainda não conseguia apontar o que exatamente era.
Sentindo a escrutinação, Jeongguk levantou os olhos cheios de uma gentileza que causava ansiedade em Taehyung. Os dois trocaram uma saudação silenciosa.
Com um pedido de licença, Taehyung se sentou na cadeira de frente para ele, pondo-se a ler o documento que o outro tentava até então decifrar.
— A carta faz referência a uma correspondência anterior, Lorde Jeon — resumiu.
A resposta fez um pico de estresse acometer Jeongguk. Ele penteou o cabelo com os dedos, soprando o ar audivelmente.
— Talvez seja a hora de organizar todas essas cartas de uma vez — terminou dizendo, resignado, voltando a relaxar.
Taehyung olhou para a mesa e contabilizou os papéis dispostos. Se tivesse que estimar, diria que aquilo era um trabalho de uma tarde inteira. Algo manejável.
— Tudo bem, não me parecem muitas.
O alfa sorriu de lado em uma mistura de constrangimento e humor.
— Essas não são todas.
Ele levantou de seu lugar e deu curtos passos até alcançar um armário pintado de cinza titânio. Abriu-o, revelando três prateleiras tomadas de pilhas de papel, cada uma com quase um metro de altura.
Taehyung entreabriu os lábios.
— Não é exatamente a prioridade. — Jeongguk justificou. — Mas acho que nesse ritmo nunca vão ser, porque sempre tem mais urgências. Se estiver disposto…
E lá estava outra das sugestões que Jeongguk fazia. Sempre dando a entender que Taehyung tinha escolhas, e que não estava ali para seguir ordens.
Taehyung achava o comportamento perigoso, porque temia que começaria a pensar ser mesmo detentor de alguma liberdade.
—Claro — Taehyung disse, tentando manter o otimismo na voz. — Podemos ir por pilhas, então?
