Epílogo

5.1K 779 403
                                    

Atenção: Antes desse Epílogo, eu postei também o último capítulo! Eles foram postados juntos. Volte ao capítulo anterior se você não o leu ainda hehehehe

 Volte ao capítulo anterior se você não o leu ainda hehehehe

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Arquipélago de Gaelar - Ilha de Altar - Primavera de 1863

Música: Tolerance - The Masked Pianoman

Aos oito anos, Ever era fluente em nowbe'ian, mas tinha dificuldades para se comunicar em outras línguas. Ele sabia usar poucas palavras da língua oficial de Ealathia e, por isso, era Taehyung quem mais conversava com ele, visto que o nowbe'ian também não podia ser aprendido por qualquer um.

— Lave as mãos antes de comer.

— Mas eu só estava escrevendo, Papa.

— E tintas para papel sujam as mãos — Taehyung deu-lhe um olhar firme. — Isso não é negociável, Ev.

Batendo o pé, Ever saiu do cômodo. As pisadas fortes fizeram seu cabelo, em um corte tigela, pular a cada passo que dava. Taehyung secretamente segurou uma risada, negando com a cabeça. Apesar de ser uma criança quieta, Ever ainda tinha a teimosia de um alfa, o que muitas vezes se provava um desafio.

Ele entendia porque o garoto era tão apegado aos estudos. Mais do que gostar de escrever, a atividade era essencial para Ever: ele podia escrever em outras línguas, o que permitia sua comunicação com os outros.

Dois anos antes, em uma viagem para Ohin — um país conhecido por ter pesquisas em diversas áreas —, Taehyung encontrara alguns escritos sobre a língua falada pelos nowbei.

Muitos séculos antes, eles haviam desenvolvido uma magia para que todos os nascituros nunca conseguissem falar outros idiomas. A intenção era de ser um mecanismo para protegê-los, para que não conseguissem se comunicar com outros e não revelassem os segredos dos rankings mistos de seus lobos. A prática fora caindo em desuso entre os próprios nowbei, mas tivera um reflexo na dificuldade de alguns que nasciam sem poder se comunicar em outras línguas.

Fora o máximo de informações que Taehyung encontrara; ainda não sabia como ajudar o filho, salvo pelas soluções paliativas que encontrava, como a escrita.

Taehyung tirou da mesa alguns documentos que ele mesmo estivera trabalhando. Um suspiro de resignação, vindo da outra ponta da mesa, fez o beta levantar o rosto.

Marin, sentada em sua frente, também não parecia bem naquele início de tarde. Com uma postura distraída, ela estava cortando um pão em formato de disco ao invés de comer.

— Rin? Tudo bem?

Ela só assentiu, resumindo-se a mexer no pão.

Taehyung deu a volta na mesa. Ele tirou uma mecha perdida da frente dos olhos da garota.

— Filha?

Ela pausou por um longo momento, deixando o pão de lado.

— É só que... por que gosta mais do Ever que de mim, Papa? — Com a voz miúda, ela continuou a não encarar o beta diretamente.

Servante (jjk + kth) (ABO) - ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora