CAPÍTULO 28:

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     Bakugou estava determinado a encontrar uma solução, então partiram numa tentativa de encontrar Eri no lugar onde Kaminari havia indicado.

   O de olhos auriculares disse que passou um tempo consideravelmente longo com a híbrida, então de vez em quando eles visitavam o cânion e a cascata de cristal para falar sobre as divinas histórias. Antes que eles parassem de manter contato — quase quinhentos anos atrás —, a garotinha disse que estaria sempre por lá, então mesmo que eles não fossem amigos, Kaminari poderia ir visitá-la quando bem quisesse.

   Eri tinha deixado claro que não gostava do tipo de atitude que Denki teve, por isso não se tornaram amigos e perderam o contato depois de algumas tentativas falhas de buscar pela quebra das maldições do casal. O trabalho em equipe também não foi muito bom já que não se comunicavam com facilidade.

   Naquele mesmo dia, quando saíram, os quatro discutiram sobre os meios cabíveis de chegar até o território esquecido da coroa Bakugou. Mesmo que existissem pouquíssimas informações sobre a família real e suas posses, o castelo havia sido preservado como uma casca vazia, mas que poderia servir posteriormente para abrigar os habitantes locais contra desastres naturais.

   A grande maioria dos vilarejos se transformaram em conjuntos habitacionais mais modernos, mas que mantinham uma aparência tradicional, como uma cidade do interior sem muito movimento.

   Fazendo alguns cálculos de como se locomover até o destino, os quatro podiam andar livremente pelas multidões, então poderiam utilizar os transportes públicos sem maiores problemas desde que o dia estivesse claro e movimentado.

   Já estava amanhecendo quando encontraram a primeira estação de trem depois de caminhar evitando as pessoas nos pontos cegos das ruas vazias.

   Kaminari ainda não tinha sido incluído naquela bagunça já que ninguém sabia sobre seu envolvimento na história, então ele podia comprar tudo que fosse necessário para o grupo sem levantar suspeitas em qualquer registro bancário.

   A viagem de trem demorou algumas horas, e o dia não passou rápido. Antes de prosseguir Izuku teve que fazer uma pausa para se alimentar e todos os outros concordaram em fazer o mesmo. O esverdeado estava cansado e cochilava de tempos em tempos nos ombros de Katsuki enquanto se dirigiam de ônibus até uma hospedaria de uma cidade portuária, já que ainda precisavam fazer uma viajem de balsa até a primeira ilha principal, fora horas e horas de caminhada até o interior, sendo assim, decidiram parar por uma noite antes de fazer a travessia.

— Eles vão se dar bem? — Murmurou o menor, largando sua mochila num canto do quarto enquanto já retirava suas roupas superiores para tomar banho.

— Sinceramente eu não faço ideia... — Katsuki respirou fundo.

     Denki e Kirishima estavam no quarto ao lado, e mesmo que o príncipe fosse mais resistente que o normal, precisava descansar assim como Izuku.

— Eles podem conversar melhor enquanto estiverem sozinhos, podem se dar bem e... — Talvez o esverdeado estivesse preocupado demais com isso, e logo percebeu que o maior não estava muito satisfeito com o assunto. — Desculpe... Você deve estar com a cabeça cheia...

   É verdade, eles quase não se falaram durante o caminho, o silêncio entre os quatro tinha sido praticamente absoluto o tempo inteiro.

— Tudo bem... Não é como se eu estivesse triste ou coisa assim. — Havia uma pontinha de mentira nessa frase, ele ainda não tinha tido tempo suficiente para digerir todas as coisas que aconteceram em tão pouco tempo, e estava muito preocupado também.

— Já disse que você não precisa ser forte o tempo todo, Kazinho. — Se aproximou com o torso nu, e na ponta dos pés trouxe o rosto de Katsuki mais para perto, esforçando-se para deixar um beijinho em sua testa.

『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』 Where stories live. Discover now