CAPÍTULO VIII:

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    Quando chegaram no vilarejo, Izuku desceu de Kendo e correu até o equino que o esperava mais à frente, a ruiva iria assustar o cavalo para que ele corresse mais rápido e foi isso que fizeram.

   Já montado, correu pelo caminho da capital até passar rapidamente pelos portões.

    Ele entrou pelas ruas feitas de pedras, e chamou atenção por onde passou, afinal, se tratava de um corcel real correndo em alta velocidade, e aparentemente assustado. Todos também reconheciam o garoto de cabelos verdes, já que ele sempre ajudava com algumas tarefas e requisições ao redor das muralhas.

    Quando chegaram às portas do palácio dos humanos, Inko, sua mãe, os colocou para dentro pelo estábulo, e só quando subiram até o quarto onde ela e mais algumas empregadas ficavam, puderam se abraçar.

    Estavam felizes em poder ver um ao outro, mas mesmo assim, o garoto queria respostas e elas precisavam ser ditas o mais rápido possível.

    Sua mãe estava de acordo, então, para ter um pouco mais de privacidade, decidiram descer até as bibliotecas, e lá, se sentaram em um dos sofás de couro.

   Durante a conversa, Inko tentava contornar algumas das situações, ela não queria falar sobre a promessa que fez ao alfa, então começou falando sobre a irmã do garoto. Ela explicou que havia levado Asui até a matilha mais próxima porque ela não poderia continuar vivendo ao lado de Hisashi — seu pai — se tivessem uma criança alfa, que ainda muito nova seria capaz de destruir a aldeia.

— Mamãe... Eu não quero saber sobre Asui agora. Você entende que a situação não é essa, não entende?

— Sim... Pequeno, me perdoe...

— Por favor me permita fazer as perguntas das quais preciso saber a resposta... Você nunca me disse como papai morreu...

— É que... Bem...

— Bakugou o matou. — Um jovem de cabelos bicolores surgiu por entre as prateleiras da biblioteca.  — Diga a verdade ao seu filho, Inko.

— Príncipe Todoroki? — Titubeou a mulher, então, o maior se aproximou, abaixando-se na frente do sardento.

— Prepare-se para ouvir toda a verdade, e escute com atenção. — Olhou-o nos olhos, e antes que Inko pudesse se pronunciar, a repreendeu. — Inko, saia da biblioteca.

— Mas, senhor Todoroki, eu não estava tentando mentir...

— Saia. Por favor. — Ela obedeceu. Sabia que era melhor assim, então não disse mais nada. No momento em que as portas se fecharam, o príncipe se sentou na frente do esverdeado, que apesar de muito confuso, parecia prestar atenção afinal aquele era o herdeiro de todas as terras humanas. — Sua mãe decidiu pedir ajuda ao alfa errado. Ela nunca deveria ter se envolvido com Katsuki.

— E eu posso perguntar o motivo? — Não tinha muita paciência, principalmente com alguém que havia tratado sua mãe com tanta soberania. De fato Izuku não curtia nem um pouco a personalidade das pessoas que detêm tantas posses.

— Quando ela pediu para que ele cuidasse de sua irmã, ele aceitou com a condição de que ficaria com o segundo filho também, no caso: você. Depois do primeiro contato entre eles, mesmo ainda dentro do ventre de sua mãe, Bakugou soube que você seria um meio-ômega, e a partir deste momento, Inko não teria mais escolha a não ser aceitar a condição dele. — Firmar um contrato com um tirano não era a coisa mais inteligente a se fazer, e é óbvio que ele não aceitaria menos que o combinado.

— Não me parece uma decisão tão fácil de se fazer. — Insinuou.

— E realmente não é, mas o problema era que Inko já não tinha mais escolha alguma a partir do momento em que o chefe soube da sua existência. No começo estava certo, mas conforme você cresceu ela mudou de ideia. Perto dos seus dez anos decidiu buscar ajuda em matilhas vizinhas, e quando retornou seu pai já estava morto: foi um aviso.

『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』 Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt