CAPÍTULO VI:

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      Quando acordou na manhã seguinte, Izuku não viu o loiro ao seu lado, e por um momento cogitou que ele não tivesse dormido ali, mas o seu aroma adocicado estava bem intenso nos lençóis, então não podia negar a aproximação entre os dois durante a noite toda.

     Ele se levantou com um único objetivo, e este era levar Katsuki para o vilarejo. Mesmo que Asui tenha conseguido fazê-lo cuidar do jardim, ele ainda não frequentava o lugar onde seus próprios súditos viviam, então pegou o grimório e decidiu que o usaria como desculpa para levar o maior para ler num ambiente mais agradável.

   Com Itsuka lhe fazendo companhia durante a manhã, ajudando-o a ler mais algumas coisas, e depois de uma refeição no período da tarde, foi até a sala do trono, onde encontrou o loiro sentado sobre seu sólio, falando com um homem alto de cabelos azuis escuro, e um outro de cabelos vermelhos e espetados para cima.

Eles conversavam em sua língua nativa, e interromperam a fala quando o jovem entrou.

— Perdão, estou atrapalhando? — Perguntou, um pouco envergonhado quando chamou a atenção dos três.

— De maneira alguma, mas devia estar descansando, não? — O loiro indagou, enquanto os outros permaneceram quietos.

— Estou cansado de descansar. — Ironizou, andando lentamente até próximo a pequena escada, fazendo o máximo que podia para não demonstrar o incômodo que sentia quando encostava o calcanhar de sua perna lesionada no chão. — É um prazer conhecê-los. — Se dirigiu aos outros dois, arqueando suas costas educadamente.

— Já te conhecemos. — Riu o ruivo, e o menor fez uma expressão confusa.

— Este é Tenya Iida, nosso caçador mais veloz. — Bakugou apresentou. — E este é Kirishima Eijiro, o dragão carmesim. — Apontou.

— Pensei que já tinha sanado a grande maioria de minhas dúvidas, mas surgem cada vez mais a cada dia que passa. — Sorriu sendo simpático. — Então foi você que correu atrás de mim naquele dia? — Perguntou para Iida.

— Sim, me perdoe por ter te assustado, Vossa Graça. — Ainda não entendia por quê todos os subordinados de Katsuki lhe tratavam com tanta cortesia, mas desde o princípio presumiu que fosse por conta do acordo que tornava-o como uma propriedade do líder.

— Eu que peço desculpas por ter te machucado naquele desvio. — Riu minimamente, tão bem como Kirishima, este que se levantou, e se dirigiu ao menor, com um sorriso de dentes pontudos e afiados no rosto.

— Também devo desculpas por te assustar. Não gosto de causar más primeiras impressões, então desconsidere aquilo e vamos começar de novo. — Pegou na mão destra de Izuku, e beijou-a.

— T-tudo bem, n-não tem problema. É um prazer, Kirishima. — Midoriya era fácil de envergonhar, já estava com o rosto todo vermelho e quente.

— Não exagere, Eijirou. — Resmungou o alfa. — O que queria, Izuku?

— Eu queria te chamar para... Para ler um pouco daquele livro que me deu... E... Para visitar novamente o vilarejo. — Além de gaguejar, não conseguia montar suas frases de maneira eficiente.

— Acho que Bakugou-sama não iria até o vilarejo só para isso, Izu-kun. — Kirishima deu de ombros em conformidade, afinal, Bakugou se recusava a ir até a aldeia por qualquer outro motivo, mesmo que emergencial, é claro que nāo iria diante de uma proposta tão boba.

— Eu vou sim. — Se levantou.

— Mas nós estávamos... — Antes que Tenya pudesse se pronunciar, o maior lhe interrompeu.

『 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐀𝐥𝐩𝐡𝐚 』 Where stories live. Discover now