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BLASE LEBLANC

Anoto no meu bloco de notas que temos obstetra na sexta, o doutor Dylan Smith é o melhor de toda Palm Beach e provavelmente acompanhou minha mãe durante a gravidez. Repouso minha cabeça na cadeira que faz conjunto com minha mesa no meu escritório, um dia ocuparei o escritório do meu pai, que tem vista direto para nosso resort e uma planta em forma de maquete de toda a propriedade. Suspiro, queria ter feito outras coisas, não administrar o negócio da família, mas como filho único essa é minha obrigação. Bufo, mesmo que o bebê de Chipre seja meu herdeiro, não vou obrigá-lo a administrar isso.

- Bale, Willow Ludwig quer falar com você - Sally põe apenas a cabeça dentro da minha sala e faço uma careta - ela não está com uma cara muito boa.

- É, imaginei - murmuro sabendo que terei que recebê-la - manda ela entrar.

Sally era a antiga secretária do braço direito do meu pai e quando vim trabalhar com eles aqui, acharam melhor que Sally fosse a minha secretária para ajudar a me guiar. Arrumo os papéis em cima da mesa e coloco as canetas dentro de um potinho, às vezes sou um pouco sistemático com a organização dos meus materiais de trabalho. Estou concentrado na minha agenda quando um furacão, vulgo Willow Ludwig, entra em minha sala. Seus olhos castanhos estão com raiva, seus cabelos ruivos ondulados parecem chamas de fogo e estou com medo dela abrir a boca e me queimar vivo.

Seus saltos altas batem no chão, um vestido curto que com certeza é de grife está perfeitamente arrumado em seu corpo alto e magro, Willow devia ter sido modelo, não estudado direito na Universidade da Pensilvânia. Sim, fizemos a mesma universidade, foi terrível do início ao fim, porém não era sempre que precisava ter o desagrado de encontrá-la. A ruiva inclina o corpo para frente, apoiando uma mão na mesa e a outra voando pelo ar, parando em minha bochecha, estralando um tapa forte nela. Faço uma careta de dor, Willow tem uma mão pesada.

- Você é um babaca, Blase - a voz suave de Willow se transformou em uma voz raivosa - como pode fazer isso comigo?

- Boa tarde, Willow - murmuro massageando minha bochecha - não planejamos a gravidez, mas eu tenho culpa em estar apaixonado por Chipre, então me desculpe.

- Não - seu lábio treme levemente - agora toda Palm Beach sabe da minha vergonha.

- Willow, que tem que ter vergonha são nossos pais, nós dois não precisamos ter vergonha nenhuma - explico calmo - olha, agora você pode finalmente se apaixonar por um homem.

- Mas eu sou apaixonada por você! - ela diz, com as mãos na cintura - me preparei minha vida inteira para ser a senhora Blase LeBlanc e você está tirando tudo isso de mim.

- Só que eu nunca quis me casar com você - deixo claro, respirando fundo - eu amo a Chipre e nós vamos ter um filho juntos!

Ela não fala nada, com toda sua elegância Ludwig, Willow se senta em uma das duas cadeiras que ficam de frente para minha mesa. Seus mãos finas vão para seus rosto, cobrindo seus olhos enquanto lágrimas de crocodilos escorrem por sua face. Não sei lidar quando mulheres choram e se tratando de Willow Ludwig, nem quero tentar consola-lá. Tendo crescido com Willow, sei que nossos filhos seriam extremamente irritantes, pelo menos não terei nenhuma culpa genética em relação ao filho de Chipre.

- Você pensou como ficaria minha reputação? - ela indaga e faço que não, estou pouco me lixando para sua reputação - eu praticamente sou uma corna, Blase!

Uma troca de favores Where stories live. Discover now