Capítulo 38

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Pov Henrico

Dirijo calmamente pelas ruas italianas cheias de nativos e turistas , vejo os diversos estabelecimentos comerciais cheios de vida e não consigo não pensar na minha Helena e imaginar aonde ela está agora , fico alerta quando chego perto da casa do Drago e vejo o portão da frente caído e escuto som de tiros .
Paro o carro de qualquer jeito e saio sacando a arma e pegando uma faca que sempre carrego comigo me esgueiro pelos cantos e vejo muitos invasores , começo a matar com eficiências todos os que vejo pela frente , atiro e esfaqueio tudo que está ao meu alcance com grande maestria e talento vindo de anos de trabalho .

Logo meu terno antes impecável se encontra agora totalmente empapado de sangue inimigo , sinto a quentura do sangue que cobre todo o meu corpo tornando meus cabelos loiros vermelhos sorrio com isso , continuo esfaqueado os corpos que estão ao meu redor terminando de tirar suas vidas miseráveis , ouso barulho de carros e muitos dos nossos saem atirando e entrando na casa para exterminar o que ainda sobra de invasores depois de pouco tempo vejo Drago saindo de casa parecendo um louco olhando de um lado pro outro totalmente descontrolado .

Vejo alguém se esgueirando pelos arbustos e vou pra cima vendo que não é dos homens do meu primo me jogo sobre ele o desarmando e rolamos pelo gramado , lhe dou soco atrás de soco e ele tenta fazer o mesmo mais me desvio e lhe corto a garganta tendo o prazer de sentir seu sangue quente cobrindo o que já estava quase seco nas minhas mãos ,  me levanto tirando a poeira imaginaria do terno apesar de estar parecendo que acabo de sair de uma piscina de sangue , me aproximo do meu primo que ainda parece perdido a minha brincadeira com esse safado durou menos de um minuto .

- Drago o que foi ? , você está bem ? - pergunto o olhando de cima a baixo , eu nunca o vi assim  - está ferido ? .

- Não é a Luz .

- O que tem a Luz ? , ela está machucada ? .

- Levaram a Luz .

- Calma nós vamos encontra-la e traze-la de volta - eu sei que o meu primo ama essa garota e eu não vou deixar que ele fique sofrendo como eu por não ter a garota que gosta ao seu lado .

- Preciso resgatar a minha mulher e meu filho.

- O que ? - vamos ter mais um Reali na família ? Não consigo acreditar sempre achei que o primeira a ter um filho seria o Henrique libertino do jeito que é - ela está grávida ? Desde quando ? .

- Ela me disse ontem , hoje fomos no médico ela está grávida de dois meses , eu preciso traze-la de volta .

- Não se preocupe nós vamos trucidar todos que ficarem no nosso caminho primo , ninguém mexe com um Reali e continua vivo , ela é uma de nós agora .

- Quando eu por as minhas mãos nos responsáveis vai chover sangue .

Eu dou um sorriso psicopata e olho nos olhos do meu primo e líder trocamos um olhar que já não usávamos a um bom tempo , o olhar da morte .

- O Dragão e o Ceifeiro vão matar juntos de novo - digo todo empolgado para a bagunça que está por vir.

- Com toda certeza .

Saímos daquela casa destruída e vamos para a minha para começar a nos organizar entramos em contato com o Tiago e ele disse que chegaria logo para se juntar a nós , naquela primeira noite Drago não dormiu e muito menos parou quieto no momento tudo o que podíamos fazer era esperar por informações mais isso não o impedia de estar preocupado e eu o compreendo se fosse a minha mulher que estivesse desaparecida eu também estaria louco .

Eu , Drago e o brasileiro depois de passar horas e horas esperando por informações fizemos um plano de resgate que não poderia nem iria haver erros ele consistia em nos dividirmos em três equipes cada uma formada por seis homens fora nós mesmos e cada uma liderada por um de nós com dois snipers camuflados em cima de árvores em locais estratégicos um no norte e outro ao sul para dar apoio e a cobertura necessária .

Tentei várias vezes entrar em contato com Henrique para que ele viesse nos ajudar não que não fossemos capazes éramos mais que isso , entretanto eu achava que se eu e ele estivéssemos junto a Drago como nos velhos tempos ele pudesse se sentir melhor e mais confiante de que tudo se sairia bem , pois o homem parecia uma pilha de nervos ambulante mais eu posso entender só quem ama sabe eu sofro a cada dia por não ter a minha Helena mais eu sei que ela está segura mais Drago não tem isso .

- Vamos amanhã cedo -  digo mandando mensagem para os homens começarep a preparar as coisas .

- Isso é muito tempo , quero tirar a Luz de lá o quanto antes - posso ver que o meu primo esta a ponto de pirar novamente eu nunca achei que veria o grande Dragão italiano assim .

- Precisamos de tempo para preparar tudo e você sabe que é uma viagem de quatro horas de avião , meia hora de carro e mais quinze minutos a pé subindo a encosta do morro para não chamar atenção - tento acalmá-lo falando de forma racional mais não adianta muito. 

- Calma se ela estivesse morta você já teria recebido ela em pedaços ou no mínimo um pedaço dela , Mathias já está lá a mais tempo que ela e eu sei pelas informações que o meu espião me passou que eles estão vivos - Tiago fala todo frio como sempre .

- Vivos mais não disse se estão bem ou inteiros - eu sei que isso é o que todos pensamos troco um olhar discreto com o brasileiro em vista desse comentário do meu primo - não consigo parar de pensar na Luz lá grávida e sozinha .

- Calma primo em breve você vai vela viva e bem eu tenho certeza .

~ Horas depois ~

- Tudo calmo senhor , sem movimentos suspeitos - ouso um dos snipers prostrados em uma das árvores falar pelo ponto no meu ouvido .

- Ótimo então está na hora - Drago diz com uma voz fria que está longe do tom desesperado que ele tinha pelos últimos dias .

A frase foi o sinal que os snipers precisavam para começar a atirar nos seguranças que se encontravam fora da casa , com o caminho desobstruído as três equipes avançaram com determinação e armas em punho , atiramos em tudo o que se movia . Eu admito que pra mim era chato pois não podia ter o prazer de brincar com as vítimas que caem sob as minhas balas mais o objetivo era recuperar prisioneiros e não me divertir com espanhóis escrotos , em poucos minutos a casa era um caos só tudo destruído e corpos para todo lado alguns mortos outros agonizando com ferimentos fatais e se não fossem logo seriam .

A casa antes tão arrumada estava em estado  pior do que o que sobrou da antiga morada tão charmosa do Drago , depois que o tiroteio cessa ouso pelo ponto que nosso objetivo foi alcançado e então ouso meu primo me chamar ,  me aproximo e paro ao seu lado .

- Sim primo .

- Cuide da Luz pra mim , deixe a segura .

- Mas o que você está pensando ? .

- Leve ela para a casa que comprei no Brasil no mês passado o Tiago vai te ajudar , eu vou atrás do Francia .

- Uma merda que você vai atrás dele sozinho .

- Certifique-se de que ela está segura e depois venha me encontrar .

- Eu achei que você quisesse vela - o Tiago entra na conversa parecendo confuso .

- Eu quero mais que tudo , mais se olhar para ela não vou conseguir deixá-la .

- Eu entendo , a sua garota vai estar segura - o Tiago fala e aperta a mão do Drago .

- Obrigado .

Um carro é trazido e Drago senta atrás do volante abaixa o vidro e me olha .

- Diga a Luz que eu não esqueci a minha promessa .

Assinto ainda inconformado de ficar pra trás mais aliviado de ver que o meu primo confia em mim ao ponto de deixar a mulher que ele ama e o pequeno Reali que em alguns meses irá nascer aos meus cuidados , vejo ele ir bora e me viro para analisar a situação daqueles corpos que são arrastados pelos meus subordinados e do Tiago .

Em poucos minutos vejo Luz vindo agarrada a uma menina de cabelo castanho que não consigo ver o rosto por Luz escondê-lo contra o  peito impedindo a menor de ver os corpos a volta imagino , mas mesmo sem ver seu rosto eu sei a quem aquele corpo agora de aparência tão frágil e suja pertence , no momento em que os olhos dela são descobertos e nossos olhares se encontram meu mundo já destruído termina de desmoronar ao ver que ela não estava segura como eu achava .

- Helena - digo seu nome não podendo acreditar que seja realmente ela naquele lugar horrível , a minha tigresinha.

- Henrico

Helena corre par mim aonde chora contra o meu peito como a meses atrás ela já havia feito , eu a abraço forte a protegendo e a acalentando tentando passar minha força pra ela desejando mais que tudo que eu pudesse tirar seu sofrimento e por em mim mesmo só para não vê-la chorar , não acredito que a deixei para que estivesse segura e a reencontro nessa situação,  eu nunca devia tela deixado .

- Ele teve de ir embora - digo quando vejo Luz olhando a volta e eu sei quem ela busca.

- Pra onde ? .

- Ele tem de caçar Marlon e Joseph e terminar isso , ele não gosta de assuntos mal resolvidos e este em específico se não for dado um enceramento vai continuar voltando .

- Quando ele volta ? .

- Não sei e ele também não sabe quanto tempo pode demorar mais ele só irá voltar quando tudo estiver resolvido .

Vejo Luz baixar a cabeça e sei que está triste mais só consigo me preocupar com a minha tigresinha que está novamente nos meus braços depois de tanto tempo que passei sofrendo por sua falta e agora ela precisa de mim .

- Tudo bem .

- Ele disse que não esqueceu a promessa que te fez .

Depois de dizer isso para Luz olho para a Helena e ela me olha de volta quando eu ia perguntar como ela estava ela desmaio nos meus braços me deixando assustado , tentei acordá-la mais não consegui a levei para o carro e a Luz entrou no banco de trás com ela pondo a cabeça da minha menina em seu colo . Calma meu amor eu vou cuidar de você .

- Ela não come a mais de uma semana - a Luz disse de repente me surpreendendo .

- Tem certeza ? - pergunto puto apertando as mãos no volante ao ponto das juntas ficarem brancas .

- Tenho Mathias me disse .

- Sabe se deram água pra ela ? – respiro fundo contando de um a dez e recomeçando  de  novo pra não surtar dentro desse carro .

- Suja - ela sussurra mais eu pude ouvir .

- O que ? - pergunto olhando pra ela pelo espelho retrovisor .

- Eles davam água suja pra ela .

Quando eu pegar o Marlon ele vai se arrepender de ter mexido com a minha garota e eu vou descobrir como ela foi parar naquele lugar e os culpados vão pagar caro .

Dirigi o mais rápido que pude para a cabana próxima aonde o doutor Morone estava de prontidão para o caso de alguém machucado , espero que a minha tigresinha fique bem .

Série Mafiosos : O Ceifeiro Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora