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Hanna

- peguem qualquer uma e fujam, mete o pé.- meu semblante preocupada fez com que o olho da Isabella enchesse de água e eu mandei ela respirar fundo e tentar pular a janela.

Era grande mas era o jeito no momento, ela me olhou com medo e eu empurrei ela, fazendo com que ela caísse no corredor que dava o pra fora ali vivia com homens armados, mas certamente pela confusão não tinha ninguém.

Na hora que eu tentei pular senti alguém puxando meu cabelo, eu apelei pelo soco no pau. Pulei com tudo, e te falar, deu um choque no no meu corpo eu proucurei nem pensar. Isabella estava de olho fechado e eu comecei a dar tapas no rosto dela pra ela acordar.

Hanna: Vamo Isabella, vão pegar a gente.

Isabella: Meu corpo tá doendo muito- falou com voz de choro.

Hanna: O meu também, mas por favor, vão pegar a gente, levanta!- falei mais alto e ela foi levantando.

Eu proucurei a saída, e quando vi o coronel atirando em um homem, peguei a arma do chão, e com todo o ódio que eu tinha desse homem atirei, não sei aonde tinha pegado, mas eu atirei.

Fiquei com a arma por segurança, eu não sabia usar mas dava pro gasto. Isabella tremia o corpo todo de tanto medo, eu tentava regular minha respiração, mas meu coração palpitava demais.

- Quem são vocês?- apontou uma arma na minha testa. Eu por não conhecer, imaginei que ia ajudar, mas estava olhando seu olhar pra tentar acompanhar, Isabella concordou com a cabeça- achamos outras duas- falou com um aparelho na mão, e ali eu sabia que estava fudida.

Fechei o olho implorando que naquele momento, ele me metralhasse toda, eu não aguentava mais isso, ter que passar por outra tortura não sabia se ia aguentar.

Antes de abrir o olho alguma coisa espirrou na minha cara, e eu abri o olho logo, pensando que tinha acontecido alguma coisa com Isa.

O corpo do cara praticamente caiu em cima do meu, e eu só joguei pra trás. Olhei pra Isabella e ela tava com a mão no braço, tirei pra ver..

- Tô com a patroinha, ela tá ferida, vou meter o pé com ela- falou tirando a blusa dele e eu coloquei pra pressionar no ferimento- ajuda aqui- peguei ela colocando no meu ombro um braço, e ela o tempo todo sorrindo.

Isabella: falei que ele ia vim Hanna- sorriu- a gente conseguiu sair ó.

Hanna: e pra tudo ficar mais perfeito no seu continho de fada dorme não.

Isabella: Eu tô bem- sorriu- obrigada por cuidar de mim.. Quando chegar lá vocês me avisam, tô com sono e sede.

Hanna: tem água ai?

- pode dar água não.

Hanna: e como eu faço pra ela ficar acordada?- ela soltou gargalhada alta.

- mais estranha que o irmão, caraio.. Conversa.

Hanna: tamo chegando pô, sacanagem tua ser baliada ein.

Isabella: é que eu tô amando essa queimação no meu braço- falou rindo.

Hanna: Ta aprendendo?- brinquei.

Isabella: Meu olho tá fechando sozinho..

°°°

Depois de horas no hospital, eu toda destruída, sangrando, provavelmente descabelada, e toda rasgada. Estava só esperando a mulher que disse que ia arrumar um jeito pra mim tomar banho, me chamar.

Estávamos em um hospital que eu nem fazia ideia onde era, o homem do meu lado, possivelmente o irmão dela ficava mais ansioso a cada minuto que passava, me deixava nervosa também.

Eu estava esperando o cara que ajudou a gente, trazer roupa da prima ou mulher dele, não sei. Era só pra mim conseguir tomar um banho digno.

- sabe o local do ferimento?- nem me olhou, e eu olhei pros lados e concordei com a cabeça, mas esqueci que ele não tava me vendo.

Hanna: No braço eu acho.

- Ela sofreu muito?

Hanna: Sim, não tinha como sofrer.- olhei pros lado querendo chorar.

Eu não sabia se estava totalmente livre, ainda estava com medo e perdida. Eu tenho tanta coisa pra botar no lugar que eu nem sei por onde começar.

Eu só queria o colo da minha mãe pra me ajudar, cuidar de mim, eu só queria ela..
Nada me dói mais que isso.

Mas eu ia me vingar.

Uns minutos depois, avisaram que ela estava bem, eu sabia que ela ia ficar bem, menina forte.

Tinham liberado pra mim o banheiro para toma banho, e quando o homem chegou com a sacola de roupas, eu sorri agradecendo.

Galego: Ela deu umas calcinhas que não foi usada também, absorvente, pente, creme, esses bagulho- sorri concordando.

Hanna: Obrigada, de verdade- sorri e apertei sua mão.

Entrei no banheiro tirando a roupa larga que eu tava, e olhei para todos os machucados e roxos que meu corpo estava, alguma coisa impedia que eu chorasse, mas eu queria muito chorar.

Lavei meu cabelo, e veio até shampoo e creme. Sorri com o gesto lindo. Coloquei as roupas que estava ali, com uma insegurança danada de colocar aquelas roupas justas.

Coloquei um short, e a maior blusa que eu achei. Penteei meu cabelo, e gaurdei tudo na bolsinha de novo. Sai do banheiro agradecendo a mulher e deixei com ela minhas bolsas, já que ela falou que ficaria no armário dela. Entrei no quarto pra ver Isabella, e me despedir dela.

Hanna: desculpa- entrei com o irmão dela beijando ela, e virando a cara, provavelmente pra limpar o rosto.

Isabella: entra- respirei fundo e entrei- você é tão linda- soltei um sorriso e peguei na mão dela.

Hanna: Eu vim te agradecer, e agradecer você.- olhei pro irmão dela que me encarou-  acho que agora eu to livre- sorri fraco- e vou tentar seguir minha vida.

Isabella: E você vai para onde?

Essa é uma pergunta que eu também queria saber, não tenho um puto no bolso, tô sem documentos e o máximo de coisa que eu tenho é a bolsa que me deram.

Pra onde eu iria?

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora