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- corpo dela está sobrecarregado de droga, e não e só a maconha como a senhorita diz. O que me surpreende é ela não ter dado um avc. Eu vou deixar ela em observação por 48 horas, tomando medicamento na veia - me encarou fechando a porta.

Gabriel: cara, é o seguinte, se você não proucurar ajuda e não se controlar eu vou te internar.- observei ele com a expressão que raramente via- Hanna a gente precisa que você queira se ajudar.- isa me entregou um copo de água fazendo com que descesse rasgando.

Hanna: eu não consigo mais- falei fazendo uma lágrima cair- eu preciso de ajuda.- terminei a frase soluçando.

Isabella: a gente vai te ajudar meu amor- abraçou sentindo meu coração dar um aperto.

Gabriel: amamos você, e só queremos o seu bem tá? Sair daqui a gente te coloca em sessões psiquiatra, alguém que te acompanhe de pertinho. Você é capaz amiga, eu acredito muito em você.

Porém faltava eu acreditar em mim.

Os dias seguidos, as semanas seguintes..aconteceu exatamente o que programamos, não tive por onde escapar. E estava sendo tão difícil pra mim.

Abaixei as portas da loja agradecendo por mais um dia de trabalho tranquilo, e respirando fundo.

Ayla: obrigada Hanna, boa noite. E já coloquei na sua conta.

Hanna: tem uma sexta na minha quarta?- dei risada - boa noite- desejei a ela e fui andando até o ponto de moto táxi.

Dei um sorrisinho de lado quando na esquina estava pagode e um grupinho de conhecidos, estranho mesmo é a gata do Gabriel não está lá.

Subi na moto segurando o ombro do cara, e sentindo meu celular vibrar na cintura. Agradeci quando me deixou na rua da minha casa. Minha patroa é maravilhosa tá meus amores, ela deixa pago meu moto táxi o mês todo.

Abri meu portão chorando por ter que subir escada, bati levantando um susto também. Entrei em casa com Gabi com um litro de vinho na mão e minha boca salivou.

Hanna: como ousa abrir sem mim?

Gabriel: é pro meu date- continuou tentando abrir, apertei o olho tentando entender - tô com um bofinho ali.

Hanna: sagaz?- dei risada e por ele não responder eu parei- meudeus- falei baixo e abri a geladeira pegando garrafa de água.- agora entendi o porquê não tá na 7.

Gabriel: Isabella tá lá.

Hanna: sério? Passei por lá e nem vi.

Gabriel: não sei que milagre é esse que o rogê deixou.

Hanna: bom ver ele voltando a ter confiança nela.

Gabriel: a Isabella também tá amadurecendo muito, o bagulho é só não vacilar de novo.- concordei e abri as milhões de mensagens dele.

Hanna: o amigo, não tinha visto- abri rindo vendo ele pedindo pra enrolar mais na rua- se soubesse ficava no forró - fiz graça- vou pra academia best, relaxa.

Gabriel: foi pra terapia?- concordei entrando no quarto e pegando meu roupão.

Na sessão de mais cedo ela tocou tanto na minha ferida que eu chorei tá. Me fez criar o método da verdade.

Toda vez que eu estiver necessitada de inserir a maconha, eu podia pensar em algum exercício que ela passava pra treinar minha mente para eu dominar ou então poderia ligar para ela que ela mesma me fizesse eu a me concentrar.

Eu entrei em tudo que me mantesse o máximo ocupada, academia, terapia, ioga, cursinhos pagos pela prefeitura, tudo eu me inscrevi, e de alguma forma está me fazendo bem. Só tá fazendo meu salário todo ficar em plano de saúde.

Lembrei da academia e fiz uma carinha de preguiça, joguei a água no corpo e coloquei uma calça apropriada e um top. Mandei mensagem pra ele avisando que ia sair.

Se eu pensasse mais um pouquinho não ia tá, estava mortinha, mas não vou ficar gostosa pro natal sem me esforçar.

Coloquei um fone no ouvido e fui andando até a principal. Entrei na academia pagando o do mês, antes que eu gastasse. Coloquei meu dedo passando na roletinha.

Hanna: nesse horário nem sempre é tão cheio, por ser perto de fechar. Então eu nem esperei minha personal falar alguma coisa, comecei pela fazendo meia hora de esteira.

- Hanna- me chamou de longe fazendo eu tirar um fone- 3 séries de 20- me deu a barrinha de ferro, quase fui chorando.

Hanna: deixa marcar meia hora- coloquei pra ir mais rápido e de frente bati o olhar com o rogê, me olhava querendo rir e eu fiz cara feia pra ele.- não vem não porra- falei baixo comigo quando ele se aproximou.

Rogê: foge não linda, confio em você.

Hanna: ratinha de academia foge de exercícios quando?- parei quando marcou meia hora ridmo,- vem pra academia só pra conversar mesmo?

Rogê: depende, geralmente só com as mais gatas.- dei risada e neguei.

Peguei a barra fazendo os agachamentos, minha perna já estava tremendo antes da última série, mas eu não ia dar o gostinho dele me gastar. Joguei a barra quando acabou e coloquei a mão nos joelhos buscando por ar.

Rogê: deu o nome.

Hanna: eu sei- falei baixo pegando minha garrafinha e indo pro próximo.

Quando meu treino acabou, eu fiquei sentanda bebendo logo um litro de água de uma vez. E querendo rir do rogê tirando foto no espelho.

Hanna: brabo mesmo faz isso, faz uns dois exercícios e posta que o de hoje tá pago.

Rogê: cada um sabe seus limites não é?- sorri concordando.

Hanna: porque só me parece que você só vem pra ver bunda de mulher em?

Rogê: e isso te incomoda?

Hanna: jamais, certo é tu. Também gosto de ver homem malhando, é prazeroso sabe?- ele riu debochado olhando pro lado e concordou.

Rogê: você é malandrinha- sorri falso me levantando.- quer ajuda pra chegar na sua residência?

Hanna: quero- nem executei essa ideia, estava muito cansada pra me fazer de pão. Ele fez cara surpreso e bateu na mão da mulher da entrada como despedida, subi na moto tentando ter menos contato possível, subindo em uma velocidade em que até fechei meu olho.- achei que estava no forró, pagode, não sei.

Rogê: mas ia mesmo- desligou a moto e eu desci- oferece uma água aí, namoral.

Hanna: tá sem galão aqui em casa- falei fingindo fazer cara triste.

Rogê: negando água Hanna? Que maldade no coração é essa?

Hanna: nem é meme, preciso comprar um galão amanhã.

Rogê: Jae então, valeu- ligou a moto acelerando.

Subi rindo de como ele se irrita fácil, e continuei com o portão encostado. Bebi o restinho de água do jarro e enchi no filtro.

Bebi mais água e tomei banho delicioso, me fazer até respirar fundo de tão gostoso, até pediria um lanche, mas eu estava com tanto sono que aonde eu sentei no sofá, eu fiquei.

Só acordei assustada com uma buzina, por uma segundo achei que fosse o rogê pra me atormentar, mas pior, era outra pessoa.

Hanna: que foi?- falei da janela.

- coe tia, rogê passou visão pra deixar um galão de água ai- sorri e neguei.

Hanna: Jae, eu tô descendo.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora