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Hanna

Não sabia a quanto tempo estava naquela van, mas era horas reexplicando pra não dar errado. Eu ainda tinha muitas dúvidas, mas falaram que era pra eu improvisar na conversa.

Hanna: pelo amor de Deus se eu errar alguma coisa eu posso morrer!!


Rogê: tu é esperta.

Nem tinha levado meu celular, só tinha noção da hora pelo relógio que todo mundo possuía. Tinha localizador e auto falante.

Balançava minha perna pelo nervosismo mesmo, estava tensa e com um puta medo.

O ar mantia a brisa gelada, meu corpo quente e suadado deixava com que meu corpo todo tremesse.

Galego: pegaram a prostituta.- rogê me encarou e eu neguei com a cabeça.

Rogê: tenta demonstrar menos nervosismo, é a sua vida que tá em jogo agora.- abriu a van- não tira o relógio por nada!

Concordei entrando no meu " Uber" que na verdade era um cara que eu já tinha visto pelo morro, porém não conhecia.

Ele parou em frente outro sítio, eu estava com uma saia curtíssima e um decote que não me deixava nada confortável. Desci do carro abaixando meu short, um homem pegou na minha mão.

Deduzi que esse fosse o irmão do coringão, pelas características. Só tinha esquecido o nome dele.

Hanna: bom noite- entrei na sala cheia de homens, meu deus, só eu de mulher em um lugar que eu não fazia ideia.

- imaginei que eles se superassem mesmo no produto de hoje- me olhou de cima a baixo e me deu um beijo no canto da boca, eu forcei um sorriso e encarei todos- Coringão.

Hanna: Maria Júlia, ou Julia, como preferir.

Cada um de apresentou, eu apenas sentei em uma cadeira do lado o nojento e sorri. Parecia mais uma social entre os próximos.

Hanna: acionou a nós, coisa que a muito tempo não faz, alguma data especial?- fingi beber um gole do meu copo.

Coringão: perto de concluir uma meta que eu queria a muito tempo..

Hanna: entendi, casa linda.

Coringão: trago mais minha família aqui, é afastado de tudo- concordei com a cabeça e prestei atenção no cara servindo, neguei e sorri pra ele.

Hanna: é casado?

Coringão: você se incomoda?

Hanna: é desses que eu gosto.

Coringão: e gosta de mais o que?- dei risada quase em uma revirada de olho.

Hanna: só mais tarde pra você saber- ele deu risada e em seguida fomos interrompidos.

Olhei bem pro olhar do cara, meu coração travou muito, eu não conseguia me mexer, não conseguia mal abrir a boca. Literalmente um filme de tudo que eu passei, passou na minha cabeça, olhava pros dois conversando, eu queria sumir dali o mais rápido possível.

Coringão: essa aqui é a que eu te falei que vou levar- coloquei um sorriso forçado e apertei na mão dele- esse aqui é meu fechamento, comandante.

Comandante: prazer.- apertou minha mão- sinto que eu te conheço de algum lugar.

Hanna: Não me recordo de você, Maria Júlia.- engoli seco, o coringa não tinha sacado, mas quando ele olhou bem, deu um sorriso de lado e me olhou com um olhar horrível.

É, vou acabar com essa noite antes que ela acabe comigo.

Hanna: só um minuto- falei com o coringa, e entrei no banheiro.

Tirei o auto falante colocando no meu ouvido e comecei a procurar alguém que me respondesse.

Titan: conseguimos conectar agora Hanna, as tropas já cercaram tudo, aonde você está?

Hanna eu tô trancada no banheiro.

Titan: ok, não sai daí ant- antes que ele terminasse ouvi um barulho muito alto, e em seguida muitos disparos.

Escutei vozes não conhecida, e ainda chamando meu nome falso. Entrei dentro da banheira que estava cheia de sabão, entrei dentro com tudo.

A porta foi tentada ser aberta várias vezes, eu já estava ficando sem ar, respirei um pouco e entrei de novo.

Coringão: ela fugiu- susurou e uns disparos muito perto me fez entrar em choque. Fiquei imóvel até o galego me chamar.

Galego: caralho tu é a braba em.

Eu não conseguia me mexer não, entrei em estado de choque. Meu corpo tremia, me sentia suja, nojenta, e com muito medo.

Galego: tu acha que aguenta pular?- a janela deveria ter um metro e pouquinho- Hanna, agora não caralho, se tu quer viver acorda pra vida.

Ele não me deu opção, quando eu caí, o impacto me fez ter uma dor de cabeça. Minha barriga doeu muito, fazendo ter uma dor no pé da barriga insuportável.

Sagaz: ajuda?

Hanna; eu tô com muita dor- escutei um tiro alto me assustando, ele me pegou no colo e me levou até uma área aonde só tinha boi.

Sagaz: caralho cara, tu tá sangrando..- olhei pras minhas pernas descendo rios de sangue.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora