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Voltei pra minha casinha, meu lar, meu conforto.

Admito que depois que voltei pra minha casa eu estava bem mais confortável, aliviada, feliz e podendo seguir minha vida.

- Hanna, infelizmente não consegui segurar a sua vaga, chego a até pensar que vou ter que fechar a loja, essa guerras constantes quebrou o meu caixa.

Hanna: entendo, tudo bem- sorri pra ela só que por dentro chorando, amava tanto esse empreguinho.

Sai da loja meia frustada, fiz todo o trajeto da minha casa e a motinha do sagaz já estava ali. O tanto que eles me deixam na carência é surreal.

Rogê: fala tu- coloquei a mão no coração e fechei o olho.

Hanna: brotou da onde saci- ele sorriu.- tá fazendo o que aqui?

Rogê: eu que te pergunto pô, não era pra você tá no trampo?

Hanna: aparentemente fui demitida- subi as escadas com ele atrás.

Rogê: tô ligado, ela mandou o papo pra passar o ponto da loja.

Hanna: pois é, triste estou- enchi o copo de água e sentei no sofá- e você, tá atoa?

Rogê: não, vou passar aqui mais tarde

Hanna: não passa nao- falei na frente dele.

Rogê: maltrata o coração do teu homem mesmo.

Hanna: meu?- ele sorriu chegando perto- me ilude mais vai.

Rogê: você sabe que eu sou amarradão em você- me deu um selinho, no segundo eu virei a cara- vai com aquele vestido que eu gosto- beijou minha bochecha descendo para meu pescoço- você vai?

Hanna: vou pensar no seu caso- falei de olho fechado.

Rogê: jae- ajeitou o boné e roubou um selinho- tenho um bagulho agora pra resolver, na hora que eu chegar te mando mensagem.

Hanna: mas eu você nem sabe se eu aceitei- falei sorrindo, e ele só me olhou ameaçando a descer as escadas- me fala hora pra eu não dormir acidentalmente

Rogê: eu te acordo, tem problema não.

Ele foi embora batendo o portão e eu fiquei ali vendo se irá fazer comida ou iria pedir.
O morar com amigos é muito bom, mas ninguém fala sobre ter sempre que pensar em você e na outra cabeça, sobre tudo! É o meu cantinho, mas não é tanto meu cantinho como eu queria sabe?

Sai da minha brisa indo fazer comida que foi totalmente falho, porque todas as comidas do armário ou tinha vencido ou estava com mofo. Acabei pedindo comida e mandando mensagem pro Gabriel pra saber se os dois iriam querer, fui respondida com a porta do quarto dele sendo aberta.

Gabriel: achei que você estava trabalhando.

Hanna: sou a mais nova desempregada- fingi limpar a lágrima do meu olho.

Gabriel: nem fala, o salão tá lá em cima, não tá cabendo cliente na agenda.

Hanna: arrasou. Vai querer o que mulher, fale logo pra eu pedir. Feijoada ou frango assado?

Gabriel: frango.

Hanna: sagaz tu vai querer o que?

Sagaz: frango- falou mais alto do banheiro.

Gabriel: ô hanna não pensa em me ajudar lá no salão não? Tu não sabe fazer unha?

Hanna: eu engano, mas não sei fazer não.- falei concentrada em confirmar o pedido, mas depois eu raciocinei- verdade né.

Gabriel: amiga tá lotanto lá, de domingo a domingo. Fora que semana que vem vai ser tudo pela nh né.

Hanna: não é uma má ideia não em.

Gabriel: meu Deus- falou no celular e eu por acaso perguntei o que, mas com a atenção no meu celular- o natalino morreu- levantei indo ver e a cara dele toda pipocada, não dava nem para identificar- a alguns minutos atrás.

Hanna: quem matou?

Gabriel: tão falando que foi bope.- fiquei desacreditada, paralisei por alguns minutos.

Perdi o contato com ele a muito tempo, mas eu conheci né não tem como não ficar pensativa.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora