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Rogê

Acordei pela madrugada com ela em cima do meu peito, olhava pela janela dela o céu preto ainda, liguei a luzinha do meu relógio marcando duas e fumacinha. Queria pra caralho ficar mais um pouco ali, descansar esquecendo da caralhada de coisas que tenho que fazer.

Me dei o luxo de enrolar ali mais meia hora, quando meu relógio apitou, dei uma fungada fudida e levantei com cuidado pra não acordar ela.

Sai do quarto proucurando a chave pra abrir a porta, acabei fazendo barulho deixando alguma coisa cair, me abaixei pra pegar o estojo e quando virei ela tava parada me encarando, coloquei a mão no peito no susto e soltei um palavrão.

Rogê: porra assim você me mata Victoria.

Hanna: fiquei assustada- passou por mim- você tá indo embora?- concordei com a cabeça, mas esqueci que estava escuro, acendi a luz e encarei ela com o cabelo em um rabo mal feio e o olho inchado- obrigada por ter ficado- me deu selinhos passando os braços pela minha cintura, coloquei a mão na nuca dela e retribui.

Rogê: vou lá- ela me soltou e destrancou a porta, passei na frente dela que desceu e destrancou o portão também- mas tarde Isa vem vê aquele bagulho pra você.

Hanna: jae, obrigada.- me dá um selinho e bate o portão na minha cara subindo correndo, nunca vi mais medrosa.

Buzinei prós menor da rua de trás que tava vendendo, acelerei chegando no meu portão, ia sair logo deixei ali na frente, cafofo tava ali na minha espera já, joguei a chave pra ele entrei em casa.

Tomei banho Rapidão, escovei os dentes, coloquei uma calça preta com uma blusa da mesma cor, coloquei um tênis e passei perfume.

Coloquei meu celular pra carregar, e bati no quarto da Isabella. Dei dois toques e ela abriu, fica acordada até essas horas fazendo vários bagulho nada vê.

Rogê: dormiu nada Isabella?

Isabella: eu dormi, mas acordei quando você chegou.- apertei o olho pra ela que continuou sustentando o olhar, não vacilou então eu concordei com a cabeça.

Rogê: tô indo lá, de tarde tô de volta, mas se não voltar hoje te aviso. Lúcia tá chegando aí, juízo minha princesa- abracei ela que retribuiu.

Isabella: cuidado tá? Te amo.

Rogê: te amo pra caralho pirralhinha- dei um beijo na testa dela e sai do quarto- sagaz tá na tua contenção hoje, qualquer coisa pede pra ele.

Isabella: tô fora do castigo?

Rogê: tô na tua confiança Isabella- ela me olhou debochada e eu dei um tapinha na nuca dela. Passei pela sala pegando outro telefone e colocando no bolso, peguei a bolsa que estava dentro do sofá e sai colocando no meu carro- Graviola- chamei alto fazendo ele pular da laje- Serpente deve chegar por hoje, manda aquele velho safado me esperar que eu chego hoje ainda.

Gaviola: jae.- entreguei um bolinho de dinheiro pra ele.

Rogê: por ter virado a noite, pela manhã tu pode meter o pé que sagaz vai chegar, mas tu volta pela tarde- ele acenou a cabeça- como tá a pista cafofo.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora