20

3K 205 11
                                    

Hanna

Já estava ficando de noite, eu estava começando a ficar um pouco desesperada, ele não é de me deixar sem notícias assim.

A campanha ficou e eu logo imaginei que fosse ele, não levou chave nem nada, mas quando eu vi o rogê ali parado meu sorriso murchou.

Joguei a chave pela janela, e voltei a tentar achar a menina que ele estava com ele ontem.

Hanna: mano você sabe do Gabriel?- falei com a entrada dele, ele juntou as sombrancelhas e olhou pro celular.

Rogê: sei de nada não, qual foi?

Hanna: ele não responde minhas mensagens cara, eu tô muito-

rogê: Sagaz- falou em um aparelho- descobre o paradeiro do Gabriel, quero pra ontem isso- respirei fundo olhando pras minhas unhas- tenho que bater um papão contigo- inclino minha cabeça perguntando- é aquele bagulho do comante- engoli a saliva que desceu até coisada.

Hanna: ele tá vivo?

Rogê: ele tava presente na reunião, não tenho paradeiro dele ainda, eu não tenho muitos rostos indentificado no dia. Aquele bagulho que você e a Isa passou, voltou, e pior que antes..

Hanna: e se voltou, ele na na frente?- ele concordou, olhei pro nada um bom tempo, não entendendo direito o que ele falava.

Rogê: eu vou matar ele, é uma promessa que eu tô te fazendo- me abraçou, provavelmente por que viu minha cara de choque- só tô te contando pra você ficar esperta, ele sabe que você tá viva, e provavelmente tá sabendo em qual área você tá. Não desce muito pra pista, evita andar a noite aqui e sozinha. Até eu resolver isso pra você.

Hanna: como eu vou conseguir ficar tranquila?- minha voz saiu por um fio- eu tenho medo de lembrar, eu tenho medo de ter que passar por tudo de novo- falo com meu queixo se batendo.

Rogê: ninguém entra aqui não, qualquer coisa deixo uns menor a sua disposição..- me abraçou mais forte.

Meu corpo todo se balançava, doía a cada tremida, a cada flash, minha garganta fechou me fazendo por minutos ficar em ar. Apertei a mão dele e outra o sofá, me encolhendo. Ele me olhou não sabendo muito o que fazer, eu tentava me controlar mas era impossível.

Rogê: eu tô aqui cara- colocou a mão na minha cabeça dando empulso para um abraço de lado, eu chorei, chorei igual uma criança, soluçava passava mal. Era um acolho que eu nunca tive antes, é novo pra mim todo esse apoio que eu tenho deles, eu gosto do conforto que eles trazem depois de tanto tempo me sentindo tão suja ao ponto de não ser digna nem de um abraço.

Hanna: por favor, não deixa ele me pegar- minha voz se misturou ao choro- por favor..

Com o gesto de carinho dele com um beijo na minha cabeça, me fez ir me acalmando. Eu estava gostando da segurança que ele me passava, por mais que ainda sim eu tinha os dois pés atrás.

Rogê: relaxa, vou deixar acontecer nada contigo não vitória.

Fiquei abraçada com ele em uma posição confortável por um longo tempo.

Ouvi o portão de baixo ser batido, e observei o Gabriel entrar, por um momento respirei aliviada.

Hanna: aonde você tava cara?

Rogê: tá querendo uma mídia você né.

Gabriel: que foi?- me encarou.

Hanna: aonde você estava?

Gabriel:  dancei dancei e fui parar na base de um doido ai, você acredita?

Hanna: não tem celular Gabriel?

Gabriel: não levei carregador.

Hanna: avisasse cara, fiquei mó preocupada.

Gabriel: tá pior que minha mãe em- olhei pra ele feio que me mandou beijo- fala cara feia, tô metendo pé já, curtir, vamos?

Hanna: tô cansada.

Gabriel: tava chorando por quê?- levantei fazendo gestos com a mão e ele me olhou sem entender, indo pro quarto dele.

Rogê: agora que ele chegou vou ganhar o meu- me encarou colocando meu cabelo pro lado- resolver mais umas metas aí- levantou.

Hanna: fica mais um pouco, por favor- levanto estendendo a mão puxando ele pro meu quarto.

Ele sentou na cama, eu fui no quarto tirando a roupa apertada, coloquei uma calça moletom com uma blusa de um pijaminha que eu não me recordo.

Rogê: tenho que ir cara.

Hanna: quando eu dormir você pode ir- falo fechando a porta e susurrando- você me passa segurança, gosto dessa sensação- dou um selinho nele, que pega na minha nuca fazendo virar um beijo.

Deitei no peito dele fechando o olho e fazendo carinho na sua barba, tentando relaxar, por mais que esteje difícil..

A respiração dele também começou a ficar mais leve, fazendo com que eu desse um sorrisinho espontâneo de olhos fechados.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora