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Hanna

Já não aguentava mais fazer nada, chamei Gabriel pra vim me ver mas a bonita estava no salão.

Mandei um áudio pra Isabella pra gente tomar um açaí, a vaca me respondeu uma hora depois. Minha vontade de sair até despencou.

Isabella: vai ter o futebol dos meninos.

Hanna: piorou, não quero ser vista por ninguém.

Isabella: você não tem opção gatinha, é ir ou ir. Toda linda, eu ein.

Fiz cara feia pra ela e fiquei enrolando, até ela gritar que já iria escurecer. Tranquei minha casa toda e fui andando com ela.

Compramos o açaí e sentamos nós bancos, o jogo já tava rolando mó tempão, proucurei rogê com os olhos mas nem vi.

Isabella: a gata vindo pra ver o macho dela.

Hanna: eles complicam uma coisa que era pra ser simples- ela concordou e eu neguei com a cabeça.

Gabriel: as amizades que eu gosto- abraçou nós duas- tão atoa é?

Isabella: Hanna veio pra ver o rogê e caiu de cara.

Com isso tudo eu tô enganando até eles, mó ruim a sensação de tá mentindo pra quem a gente gosta.

Hanna: ele tá aonde?

Isabella: deve tá na boca.

Gabriel: hoje eu beberia uma Brahminha geladinha sem me importar se trabalhava amanhã ou não.

Hanna: Brahma me deixa com muita ressaca se não eu te acompanhava- joguei o copo de açaí fora.

Ficamos ali até o jogo acabar, o Gabriel falando mal de todo mundo cara.

Sagaz: já tá falando de quem João?

Gabriel: Gabrielle por favor- sorri e encarei o rogê parar com a moto do outro lado da calçada.

Borges: quem quer abraço gostoso- me abraçou por trás e me soltei.

Hanna: vocês são chatos e fedidos ein.

Capixaba: tem alguém que não tem amor a vida- apertei o olho, rogê me virou me dando um selinho e eu encarei ele com olho vermelho.

- Borges virou Borjão- dei risada pela péssima provocação.

Borges: vai dar o popoti.

Capixaba: dar um peão ali em casa, broto aí pra gente tomar uma- subiu na moto dele.

Hanna: vamo pra casa?- falei com Isabella.

Rogê: vamo, tenho um bagulho pra desenrolar contigo- fiz careta e Isabella sorriu.

Isabella: depois Gabriel me deixa em casa.

Gabriel: o caralho- dei risada e subi na moto agarrando meus braços na cintura dele.

Abri o portão com ele entrando atrás, bebi um copão de água, deitei no sofá esperando que ele comece a falar.

Rogê: semana que vem a gente vai pra Cabo frio- levantei a cabeça- a trabalho Hanna, meu alvo tá lá.

Hanna: eu vou ficar a beira da morte?- levantei indo pegar meu celular do carregador no quarto e ele veio atrás, sentei na cama e liguei ele- em?

Rogê: tu vai ser esperta.

Hanna: não vou não- levantei.

Rogê: vai- chegou perto de mim, minha respiração ficou muito tensa. Ele colocou uma mão na minha cintura e outra na minha nuca, entrando nos meus fios de cabelo.

Ele me deu uns selinhos, e começou a pedir passagem pra língua, eu  cedi colocando uma mão na nuca dele. Foi muito gostoso porém um erro né gata.

Ele se afastou me dando alguns selinhos, ele gosta bastante por sinal. Afastei dele um pouco sem graça e ele ficou me olhando mexendo no meu cabelo.

Hanna: nada profissional você- ele deu risadinha de lado, me puxou de novo pra um beijo, eu queria sair mas era tão bom..- para- parei o beijo sorrindo-isso não é pra acontecer.

Rogê: fortalecendo a amizade- puxou minha cintura mais pra perto e voltou a me beijar.

Quando começou a ficar mais intenso e mais quente, eu me afastei sorrindo, ele não insistiu, apenas me deu um selinho e ficou assaltando minha geladeira.

Hanna: hoje eu comeria um xtudssso.

Rogê: ainda, só vou resolver um assunto e broto aqui- a sua ereção no short estava nítida demais. Concordei com a cabeça fiquei deitada esperando.

°°°

As coisas ficaram bem estranhas entre mim e ele, tipo a gente conversa tal, mas fica um clima estranho. Ele até me pedir desculpa por ter insistido meu segundo beijo.

Não fui não fui hipócrita, eu queria, se eu não quisesse não dava passagem. Mas muita coisa mudou não sei dizer.

Coloquei minha mala no carro dele, abracei meus dois e únicos amigos, entrei no carro e escutava o monte que o Rogê falava na cabeça da Isabella, tadinha como aguenta?

Rogê: vou deixar tu na contenção Lúcia, qualquer uma que aprontar me liga.

Lúcia: já tá uma mocinha, impossível que vai precisar.

Isabella: me tratam igual criança cara.

Rogê: mas tu é- olhei prós dois se abraçando pelo retrovisor, lindicos.

Ele entrou no carro dirigindo, eu me aconcheguei no banco e fiquei olhando pra fora, coloquei um pagodinho cantando todos, amo.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora