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Rogê

Levantei sentindo minha cabeça zunir, tomei banho gelado pra ajudar, coloquei a água no café e fiquei assistindo alguns status. Parei no da Hanna improposital.

É gata, se não fosse tão complicada eu rendia.

A água ferveu me fazendo levantar, mandei uma figurinha pra ela, e coloquei meu celular no bolso, coando o café.

Isabella: bom dia- me abraçou- tudo bem?- concordei e coloquei meu café na xícara- Luara me ligou ontem- chamou minha atenção- tem ligado pra ela?

Rogê: mandei dinheiro ontem- falei prestando atenção em um ponto físico.

Isabella: o mínimo Isac- coloquei o copo na pia, dei um beijo nela saindo de casa- Lúcia vem limpar hoje?

Rogê: sim, não sai sem me avisar- passei pelo portão balançando a cabeça proa mlk da segurança.

Subi na minha moto, entrando na principal. Refiz as contagem dos menor, era um bagulho que eu não podia errar, fiz o processo três vezes, gastei meia hora ali.

Peguei o malote, deixando o outro pro pagamento. Fechei o cofre e sentei na cadeira, tava atoa no tiktok mermo.

Galego: ê patrão- entrou na sala com a mochila na mão- quinhentos fresquinho.

Rogê: duzentos e cinquenta na minha mão, o resto vocês dividem entre si.

Galego: ainda, levar minha mulher pra comer fora.

Rogê: vi ela ontem dando moral pra outro- falei com a atenção no dinheiro.

Galego: eu tô ligado nisso, vou cobrar ela hoje ainda.

Rogê: o que vocês tem?- olhei no olho dele que fraquejou- se liga vacilão, consequências de ato seu meu cria.

Galego: vou reverter esse história meu bom.

Rogê: teu turno hoje vai até às duas.- entreguei a mochila de volta.

Galego: da tarde?- olhei pra ele, o sorriso dele morreu, dei um sorriso de lado e apontei pra porta.

capixaba: ê putão, tá me devendo um litrão- deu um pescoçao nele- patrão Hanna tá ai- joguei a cabeça pra trás e fiz sinal.

Hanna: bom dia- levantei a cabeça olhando pra ela.

Rogê: Hanna vou te enrolar não, quero tu no meu nome- ela levantou a sombrancelha- a vistas de todos tu tem que ser minha mulher.

Hanna: pra que?

Rogê: eu vou te pagar, é só pra uma missão, depois tu segue sua vida.

Hanna: quanto tempo?

Rogê: não sei, mas não vai se estender não.

Hanna: quanto?

Rogê;  vinte mil.

Hanna: cinquenta- falou depois de um tempo.

Rogê: pra quem é bobinha tu tá esperta demais.

Hanna: cara eu vou ter que te aturar por tempo indeterminado- dei um sorriso de lado pelo argumento.

Rogê: Jae Hanna- dei um malote pra ela- adiantado. Ela contou e me deu praticamente a metade.

Hanna: valeu- levantou e se sentou quando eu comecei a falar.

Rogê: teus documentos saíram?

Hanna: ainda não, só quinta.

Rogê: me avisa quando sair. Amanhã a noite tem reunião, passo na sua casa pra te pegar.

Hann: que horas?

Rogê: a noite- ele me olhou seria- dez horas- concordou a cabeça e levantou.

Hanna: posso ir?- concordei com a cabeça e fiquei observando ela ir embora, maior rabão.

Marcou meio dia eu fui comer em casa, como de costume o som estava alto. Fico feliz pra caralho em ver que ela tá tentando seguir a vida, é um bagulho que sempre vai doer, nela e em mim.

Rogê: tu já tá enfiado aqui?

Gabriel: me agradeça tá? Queria ver que comida tu ia comer.

Isabella: Lúcia não apareceu.

Rogê: ela não mandou notícias?

Isabella: a filha dela tava brigando na escola.

Rogê: vou nem perguntar quem te falou- bati na cabeça do Gabriel.

Gabriel: vou chamar a lei Maria da Penha pra você ein.

Rogê: tu pensa que vai aonde?

Isabella: vou tomar açaí.

Rogê: não é remorso?- ela negou fazendo bico e eu apertei o olho.

Isabella: não é, eu pesquisei no google.

Rogê: não vai.

Gabriel: ah vamo sim, nem que seja pra ela ficar olhando.

Rogê: vigia em Isabella, tô de olho. Se liga nas tuas amizades.

Gabriel: que macho chato cara.

Tirei o prato do armário e coloquei a comida, o desgraça é insuportável mas tem uma mão boa do caralho.

Terminei de comer, lavando o prato, só lavei porque não tinha nada na pia.

Liguei o ar deitando na cama, cochilinho depois do almoço mó bom.

No amor & na dor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora