Simplesmente Lasciva

Capítulo 43

E não duvidava que pararia por aí.

No dia seguinte como prometido o Shay e eu saímos. O Shay como sempre tentou provocar o Theo com alguma insinuação, e o Theo só olhou para com impaciência e deu as costas, se despediu de nós dizendo para nós nos divertirmos e se perdeu em algum canto daquela casa enorme.

O Ayal, prestativo como sempre estava até se disponibilizando para nos levar, mas o Avien o lembrou que só por precaução o Policial que é amigo do tio dele recebeu a sua carta de condução. Ele disse que devolveria se o Ayal não se metesse em nenhum outro tipo de confusão durante uma semana. O Ayal resmungando aceitou a condição.

Ele pegou uma das chaves e deu ao Shay.

Eu não tinha noção de aonde a gente estava indo, mas Santa Mônica era um local repleto de mares e lugares para se ter uma boa conversa. E foi exatamente num lugar assim aonde a gente parou.

Estávamos perto da praia, em uma rua repleta de estabelecimentos meio parecidos, com mesas e cadeiras lá fora, alguns eram cafés, restaurantes, fast-food entre outros. Nós nos sentamos em um restaurante e o Shay sorriu para mim enquanto olhava o menu.

— Eu acho...- Ele falou...— O prato do dia? - Ele olhou para mim em dúvida e eu aquiesci.

O Shay, sorridente, entregou o menu ao garçom e ele foi embora.

— E então...tudo bom com você? - Ele perguntou.

— Sim. - Respondi e a gente ficou se olhando em silêncio por alguns minutos.

Eu fiz um ruído estranho com a minha garganta e ele olhou para com uma expressão meio burra, foi inevitável eu não rir.

— Você não vai me explicar o que a gente está fazendo aqui? - Perguntei sorrindo da expressão dele.

— Esperando o almoço? - Ele perguntou com uma expressão de dúvida.

— Você disse que queria conversar comigo.

— Ah, sim. - Ele pareceu se lembrar. — Sabe, nem é uma conversa tão profunda, eu só sinto que preciso conhecer você melhor.

— Não podia me conhecer lá em casa? - Ele riu.

— Poder eu podia, o problema seria... não...me deixe refazer...os problemas seriam. Ava Méndez e Theodore Delahaye.

— Não entendi. - Falei e honestamente, eu não entendia.

— A Ava...- ele começou. — Sobre ela eu na verdade não sei o que dizer, só que eu já tive alguns problemas com algumas garotas por causa dela, elas diziam coisas como, " Ele é intimidante" " Olha para mim como se quisesse me comer viva" " Não gosta de mim" - ele cocou a cabeça. — Ela é realmente uma das minhas melhores amigas, mas as vezes consegue ser bem...hm...- Ele parecia estar procurando uma palavra. — Sufocante?

Apaixonada.

— E por mais que eu tente, eu não entendo o porquê. - Falou confuso.

— Você...- Comecei. — É uma ideia bem burra e sem lógica, na verdade nunca nem mesmo vi indícios, mas...e se por algum momento ela começasse a gostar de você?

Ele olhou para mim sem reação.

— Gostar de mim? - Perguntou.

— Sim.

— A Ava?

— Sim.

— A Ava gostar de mim? - Eu aquiesci mais uma vez e ele entrou em algo como um ataque de risos. — Nossa, você realmente tem uma imaginação fértil...a Ava gostar de mim? Você vê como ela briga comigo por tudo e por nada? Mais parece é que ela me odeia.