Capítulo 62

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Passei pelo corredor aonde o Micah e eu havíamos passado e ele não estava lá, olhei em volta e também não o achava nos arredores. Não era uma possibilidade ele estar passeando pelo local, duvidava bastante daquilo, então, me limitei a sair daquele lugar.

Quando passava perto da porta, notei que o cara que estava se insinuando para o Micah estava com uma pequena sacola de gelo no lado esquerdo do rosto, olhei para em dúvida e ele sorria para mim.

— Aquele cara... é simplesmente intenso. - Falou meio entusiasmado.

— Eu espero que tenham gostado do lugar, e que voltem mais vezes. - Eu me limitei a sorrir de canto para ele e passar. Lá fora, eu vi o Micah com os braços cruzados e o corpo ligeiramente apoiado no carro, ele estava com uma expressão meio pensativa.

— Era mesmo necessário inflamar o rosto do pobre coitado? - Ele olhou para mim caminhando na sua direção e sorriu.

— Eu avisei a ele para não me olhar daquele jeito. — Falou estreitando os olhos quando finalmente o alcancei e a gente entrou no carro.

— Vai dizer que não estava gostando de ser cobiçado por um homem? - Perguntei gozando com ele. — Agora você pode se gabar com propriedade, você atrai os dois gêneros. - Eu ri e ele fez uma cara feia.

— Você acreditava que ele gemeu enquanto eu batia nele? - Falou me fazendo rir mais. — Sério, eu estava batendo nele, mas ele nem tentava me afastar, estava pedindo por mais. - Falava bem estupefato.

— Sabe, falar assim me faz parecer homofôbico. - Suspirou por fim. — Que noite...

— Pois, que noite...- Repeti depois de algum tempo. — Que longa noite...

...

— O Ovie é prostituto? - O Saiden perguntou literalmente cuspindo a comida que estava na boca e o Micah olhou para ele com nojo.

— Cara, sinceramente. - O Micah reclamou e eu aquiesci para o Saiden que só piscou várias vezes, como se estivesse tentando assimilar aquelas palavras.

Era sábado e a gente decidiu almoçar fora, era um restaurante não muito longe do hotel aonde eu estava, e tinha uma vista maravilhosa para o mar, aquilo até me trazia boas sensações.

— Eu não consigo...eu não consigo acreditar nisso. - Ele falou negando com a cabeça. — O nosso irmão mais velho, de vinte e oito anos, que como eu julgava você por se envolver com um cara estranho...está sendo pago por favores sexuais? - Perguntou. — O Ovie?

— Bom, ele também não acreditou quando eu disse que você comeu a sua ex no dia do casamento dela, então... acho que estão quites. - O Micah falou revirando os olhos e o Saiden olhou feio para ele.

— Não é como se a gente saber disso o vá impedir realmente de continuar com isso. - Falei chamando a atenção dos dois para mim.

— Eu não acredito muito nisso. - O Saiden falou recostando no assento. — Tal como eu, o Ovie sempre precisou demais da aprovação no nosso pai, porque para ele era como se a gente não existisse, bom pelo menos ele nos dava bastante a entender isso. - Falou cruzando os braços.

— Não, o que o Ovie sente por mim e bem diferente do que o que você sente ou sentia Saiden...- Falei. — Eu posso garantir isso a você. - Falei e ele não comentou.

— Então, o que o nosso pai acha é importante para o Ovie? - O Micah perguntou.

— Mais do que você realmente possa imaginar. - O Saiden falou e o Micah riu. — Ele pode tentar esconder, mas o Ovie é bem sensível, e gostaria imenso de um dia ser um orgulho para os olhos do nosso pai.

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