𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐒 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐇𝐄𝐋𝐋 [Em Revisão]

15⚘️𝐋𝐢𝐯

A casa era grande, tinha um design como as casas suíças, tinha uma cor vibrante, entre um laranja e azul bebê, longas árvores acer, as folhas de bordo estavam em um laranja vivo e o som do lago e grilos deixavam o lugar intrigante.

- Aqui é exatamente como descreveu! - Moon-jo desceu do carro indo até a traseira tirando de lá a caixa, e mudas de roupa que pusera por cima dos mantimento para poupar a caminhada.

- Sim, talvez eu surte no meio da madrugada e tente voltar? Sim. Mas ao menos tentei!

"Não mesmo Liv, agora que vai ficar interessante!"

Liv fez o mesmo que Moon-jo, que levava caixas, e as roupas por cima, caminharam na grama verde em silêncio, Liv digitou a senha que travava a porta.

- 2201, pro caso de ficar trancado de fora como acontecia com Laurent! - disse entrando em meio escuro e logo a luz se faz presente.

- Ele ficava muito aqui com você Liv?

- Comigo não, mas com Erick sim, Erick sempre chama ele quando vamos fazer uma confraternização aqui, então como eu sempre falto, só escuto as piadas da péssima memória do Laurent que fica preso de fora.

- Deveríamos nos preocupar em alguma versão atualizada do Jason rondando por aqui? - gargalhou enquanto Liv o olhou sorrindo.

- Acho que não, aqui é muito tranquilo!

A sala era grande, com uma escada que se duplicava ao contornar a sala, no chão carpete laranja bebê, combinando com o sofá e a lareira que já estava sendo acesa por Liv, que tinha um sorriso nos lábios cor cereja.

Logo foram até a cozinha, que tinha uma mesa circular grande, fogão e armário embutidos e uma geladeira grande onde Liv começou a organizar.

- O que quer comer? - Olivia parou em frente Moon-jo tocando seu rosto pálido.

- Não tenho preferência! - disse olhando sem expressão para a mulher animada por ela e por ele.

- Então vamos tomar champanhe e comer fondue. - disse olhando dentro dos olhos de Moon-jo.

"Não faço ideia do que você quer agora, Liv!"

Dessa vez Moon-jo não respondeu e esperou até Liv se dispersar, a mulher sumiu pela casa, enquanto o homem andava por seus cantos, observando, Liv não aparecia tanto nos retratos como Erick, que parecia ser o preferido dos pais.

Um som alto surgiu do meio da sala.

"Quando eu chego em casa à noite
Eu tranco bem a porta
As pessoas me ligam no telefone, estou tentando evitar
Mas as pessoas na televisão podem me ver
Ou estou apenas paranóico?"

Liv tinha em seu corpo roupas diferentes, dançava a música, enquanto ia até as janelas as fechando, e trancou a porta principal.

A música logo se dissipou dando espaço as canções de Elvis, como bem notado por Moon-jo que a família tinha uma certa obsessão com o homem já falecido, Liv girou, Moon-jo abriu os braços, e a mulher achando que por ato amoroso se encaixou entre eles.

- Posso te fazer uma pergunta? - disse Moon-jo sendo conduzido pela eletrizante mulher.

"Sua energia é infinita? Você não cansa nunca?"

- Pergunte! - conduzia a dança que estava quase travada.

- Se fosse para matar alguém, como faria isso?

- Essa é uma pergunta legal, eu acho que esperaria ela estar sozinha, e deixaria ressoar pelo ambiente que ela mais adora, a sua música preferida, enquanto me veria bem atrás dela, sabendo que veria seu lugar preferido pela última vez, e iria dar o último suspiro escutando sua tão amada música.

Naquele momento Moon-Jo se surpreendeu com tamanha genialidade da mulher.

- Por que, tem precisado de uma assassina de aluguel? - sorriu de forma estranha.

- Você é o suficiente! - disse se aproximando dando a Liv o que ela queria com a tal proximidade.

O beijo.

- Hoje eu poderia ter algo a mais seu ? - leva a taça com detalhes dourados aos labios e bebe do champanhe.

- E o que seria isso Olivia?

"Margarida, Margarida me dê sua resposta vai
Tô meio doido tudo por causa do meu amor por você
Não será um pomposo casamento
Porque não posso pagar uma carruagem
Mas você ficaria bonita num assento
De uma bicicleta pra dois.........."

- As vezes tem um olhar penetrante como o de um assassino! - Olivia olhou para ele que agora havia travado em suas próprias pernas.

"Se Liv não aceitar, vou obrigá-la!"

- E se eu realmente for um?

- Tudo bem, eu tenho uma tara em bad Boys! - riu envergonhada enquanto Moon-jo ainda a encarava sério, parecia um tanto estressado.

"Está brincando com a minha cara?!"

- Qual a graça? - dessa vez ele não exibiu falsas reações.

- As vezes sinto como se eu tivesse apenas alguns segundos a mais com você, mas não sinto medo algum. Você é estranho mas não é um estranho ruim.

"Eu deveria quebrar esses dedos!" Pensou enquanto Liv apontava o dedo em seu rosto.

- Não?

- Não Moon-jo, estou tão obcecada na sua existência que preciso te manter do meu lado, nem que pra isso eu precise te matar! - deu uma risada.

Algo em Liv estava sombrio, mas tinha senso de humor, a mulher não era idiota e sabia que Moon-jo não tinha comportamentos normais.

- Liv, você tá me assustando! - Moon-jo fingiu um comportamento típico humanizado para manter seu disfarce a salvo.

Se afastou de Liv, enquanto ela se aproximou com um sorriso meigo, e agora, sincero.

- É brincadeira, eu não sou uma psicopata tá? É só por que sua reação estava impagável! - deu uma risada levando por água a baixo a ilusão de Moon-jo em ter aflorado nela a assassina que deveria ter se mostrado a alguns dias.

"Eu preciso de mais, preciso da sua alma!" puxou Liv, beijando a mulher que agora se mostrava surpresa mas retribuiu com muito bom grado.

Moon-jo buscava em sua mente relatos um tanto satisfatórios dos caras com quem Liv havia saído, reproduzindo com sincronia tudo que Liv havia dito a Anabela.

Quanto tempo levaria para que Liv cedesse a ele, entrando em sua loucura?

Mulheres não são iguais, e Liv tinha uma certa maldade impregnada no seu sangue, por que então a mulher não cede ao que Moon-jo lhe impõe sutilmente?