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VIVI

Adriana: já tava arrumando briga, Viviane? - é a primeira coisa que minha mãe fala assim que eu chego perto - quem é aquele que tu tava conversando?

Vivi: não sei exatamente, conheci no dia da reunião lá. - ignoro a outra pergunta.

Adriana: vixe, então é bandido.

Vivi: e dos grandes. Tava na maior postura lá, tanto lá como aqui.

Adriana: e que caralho você tava fazendo conversando com ele, sua desmiolada?

Vivi: aí mãe.. ele que foi falar comigo depois que eu meti a mão na cara da outra lá. Me puxou pro canto e começou a conversar... tava achando que gustavo era meu marido. - dei risada. - aí depois expliquei pra ele e o Kevin chegou, o bofe ficou todo tenso achando que era alguma coisa também.

Adriana: também, quem ver de longe nunca vai pensar. - deu risada também. - fica esperta pro lado desses caras, tu sabe muito bem o que eles querem.

Vivi: e eu nasci ontem, mãe? - olho pro Érick que se requebrava todo sambando. - macaca velha já.

Adriana: tô só te falando, tu não é mais novinha mas eu sei que rosto bonito encanta.. na verdade não só rosto como corpo também, e olhando bem... ele é bonito.

Vivi: é bonito mas não vale nada, tava cheio de conversa comigo, pediu meu numero e tudo.

Adriana: e tu deu, sua safada?

Vivi: dei errado. - olho para os lados me certificando. - sou besta? - ela gargalha.

Adriana: puxou a mãe mesmo. - faz toque comigo.

Minha relação com a minha mãe é super aberta, ela me conhece mais que ninguém e eu também não escondo nada dela. Ela sabe de basicamente tudo, inclusive de uns lancezinho que eu já tive com gente errada.

Sou flor que se cheire não, já vivi muito também. Já fiquei com cara errado, envolvido, já fui enganada... já passei por tanta coisa nessa vida que só ela mesmo pra saber de tudo. Foi tanta coisa que por isso eu não confio em homem, como eu havia mencionado antes.

Não consigo ver verdade neles e pra mim só serve pra sentar.

E graças a Deus, ele sumiu das minhas vistas. Fiquei ali um tempo com o Érick, minha mãe e a Nice, bebendo e sambando.

Tava altinha já... tirei foto sozinha, com o kinho, com a minha mãe, cantei pra Caralho, dancei...

Vivi: cadê o Kevin, ein? - diminuo os olhos procurando minha dor de cabeça no meio do povo.

Erick: no meio de tanta gente tu quer saber do kevin... deve tá com alguma menina. - olho pra ele. - kié? Quer que eu minta? Aquele menino ali é um safado.

Adriana: não fala assim do meu neto, bichinho é um anjo! - defende. - ele tava aqui perto nesse instante, vivi.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora