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CARIOCA

Grego: demorou mas chegou. - diz me dando um abraço de lado segurando o copo com a mão esquerda. - fala, meu bom.

Caríoca: coé... - olho pra ele e ao redor em seguida.

Tinha muita gente não, dos caras a maioria eu conhecia, mas das mulheres quase nenhuma.

Som tava rolando solto, bebida também... peguei logo meu copo e enchi.

Cumprimentei os cria e sentei cruzando as pernas olhando pra uma mulher que me parecia ser conhecida de algum lugar mas agora eu não tava me recordando.

Carioca: pensei que o pau ia tá quebrando aqui já. - falo com o grego que mexia no celular mas para pra me olhar.

Grego: mais tarde, tá cedo ainda... resenhazinha so pra movimentar.

Carioca: nunca vi um cara pra gostar tanto de resenha como você, cara. Tá pra nascer.

Grego: a vida é curta demais pra levar a sério assim. - ri. - se eu pudesse bebia era todo dia.

Carioca: cara de desequilibrado tu tem mermo. - ele mostra o dedo do meio. - cadê a deusa da tua irmã?

Grego: tá aqui ó. - pega no pau e olha pra frente depois. - caralho, não morre mais...

Olho pra mesma direção que ele olhava, me revelando ela, o viado do amigo dela e outra menina.

Na merma hora eu cruzo os braços olhando bem pra cara dela e nem demora muito pra ela me ver também... e pela primeira vez vejo essa safada sem graça tentando disfarçar.

Pilantra, golpista.

Tá achando que é mais que eu.

Carioca: aula né? - falo perto do ouvido dela. - sei bem, tá certinha tu. Tem vergonha na cara de ficar mentindo pra sujeito homem não?

Vivi: desfaz essa pose aí, meu filho. - fala toda cheia de marra já pra sair de perto de mim e eu seguro o braço dela. - vai me segurar mesmo?

Carioca: bagulho mo feio tu ficar enganado as pessoas assim cara, falava a verdade então, melhor que ficar nessa aí. - digo sério. - bagulho mó imoral.

Erick: ih, solta ela bofe! - o amigo dela fala comigo e eu só olho bem pra cara dele.

Carioca: te dei alguma confiança? te conheço, por acaso? Me chama de bofe de novo que tu vai ver quem é o bofe aqui.

Erick: eu hein... - resmunga mexendo no toco de cabelo dele. - esses machos tem um ego tão frágil que meu Deus do céu... - diz com a outra mulher que tava perto dele.

Vivi: da pra me soltar? que inferno. - me empurra tirando o braço dela numa rapidez absurda. - deixa de show, você não é Xuxa não.

Carioca: vem cá. - puxo ela de novo indo pra um canto bem afastado ouvindo ela me xingar e colocando força pro lado oposto. - vai da show agora, você?

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora