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VIVI

Meses depois...

Erick: aí eu peguei e falei, se gosta de mim mesmo vai ter que me assumir! Não vou ficar ficando só contigo, me privando de curtir pra tu ficar nessa indecisão aí, com vergonha do que os outros vão falar! - Érick me conta sobre o casinho dele com o bofe que ele estava.

Vivi: então no caso ele tava com vergonha de te assumir?

Erick: é menina, gosta de pagar de macho para os outros! Sempre procurava desculpa quando eu falava sobre a gente se assumir, aquele viado encubado! Por isso que terminei mesmo, foi a melhor coisa. - eu dei risada olhando ele contar fazendo os gestos dele.

Vivi: como diz você, piroca que não vai te faltar. - olho para os meus pés em cima do sofá. - logo logo passa e tu tá aí empolgado com outro macho.

Erick: vou mesmo, eu hein... eu até gostava dele, mas eu que não vou ficar morrendo de amor por macho indeciso, tô fora! - da de ombros. - e você, minha barrigudinha? Quando que vai parir hein... já fazem 84 anos que você está prenha. - eu gargalho com a mão na barriga.

Vivi: ele vai vim quando a gente menos esperar, tu vai ver.

Eu já tinha voltado para o Rio há um pouquinho mais de um mês atrás. Já estava tudo no seu devido lugar, todo mundo voltou para a sua rotina de antes.. tirando eu né, que continuo sem trabalhar.

Minha mãe voltou a trabalhar porque ali não gosta de ficar parada, Kevin tá no último ano, conseguiu encaixar numa turma mesmo que atrasado ainda, rafa está com o studio dela e a dona Dulce na vidinha dela.

Eu já estou com nove meses, caleb está pronto pra nascer a qualquer momento, e cara... eu não vejo a hora.

Como o Érick falou, parece que tenho 84 anos grávida.

Já arrumei o quartinho dele, enxoval, tudo... o menino tem tudo e mais um pouco porque o pai maluco dele não quer deixar faltar nada.

Acabei me mudando... carioca e eu conversamos e ele quis muito que morássemos na Maré. De início eu não quis... queria muito continuar no alemão, na minha casinha que eu tanto amo, mas depois acabei aceitando.

A casa que estamos aqui é enorme, tem quatro quartos, duas salas, piscina, enfim... é muito espaçosa. É perto da casa da avó dele também... foi outra coisa que ele alegou, que queria que a dona Dulce pudesse participar mais da vida do nosso filho, inclusive pra me ajudar no pós parto, já que minha mãe trabalha feito uma condenada e não tinha como me dá a atenção que eu ia precisar no momento.

Estou aqui e até então não me arrependo, até porque não é tão longe assim daqui para lá... sempre tô indo lá, assim como sempre minha mãe vem.

Kevin está amando... preciso nem dizer, esse menino ama coisas novas, rotinas diferentes... está um grupo com o carioca.

Agora estou aqui em casa, com essa barriga do tamanho do mundo deitada no sofá fofocando com o meu viado preferido. Preciso nem dizer o quanto que choramos quando nos encontramos mês passado... ultimamente tô chorona pra caralho!

Mas eu tava morrendo de saudade, sério. A vibe do rio não chega nem perto de onde estávamos lá. Não que eu não tenha gostado... mas eu gosto do agito daqui, mil vezes.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora