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VIVI

Rafa: mas que cara é essa, mulher? Tá parecendo até que viu fantasma. - Rafaela diz após olhar pra minha cara, que com certeza não era uma das melhores mesmo eu tentando disfarçar. - que foi?

Vivi: vem cá... - seguro na mão dela indo na frente levando ela pra dentro de casa, mais especificamente dentro do quarto que eu iria ficar. - fudeu, Rafaela.

Rafa: fudeu de que? Caralho, eu odeio quando ficam de suspense pra cima de mim... fala logo! - faz sinal pra eu falar. - tu tá até suando, olha tua testa.

Vivi: a... aquela senhora, a dona Nilza... - tentou falar de maneira mais clara. - a gente tava conversando e do nada ela olhou pra mim e me perguntou pra quando era o neném.

Rafa: neném? Que neném?

Vivi: pois é, Rafaela! Que neném, né? Porque até eu onde eu sabia, não tinha neném nenhum. Ela olhou pra minha cara afirmando que eu estava grávida, que reconhece mulher grávida de longe... me falou um monte de coisa, até reza fez! - Rafaela abre a boca fazendo um "o" se formar.

Rafa: e tem possibilidade mesmo? Tipo... menstruação e tals?

Vivi: pois é... é aí que vem a questão. Nem passava pela minha cabeça eu está porque com tanta coisa acontecendo rafa... que eu nem parei pra me ligar que minha menstruação está atrasada. Era pra ter descido e não desceu, mas eu não tinha me ligado nisso. Depois que ela falou isso, liguei os pontos e... tem sim, a possibilidade de eu está. Na verdade eu devo está porque pela certeza que ela falou olhando nos meus olhos cara... duvido muito, eu acredito nessas crenças.

Rafa: caralho... pera! - diz levantando as mãos fazendo sinal para eu parar. - então... eu vou ser tia de novo, é isso? Aí meu Deussssss - começa a gritar histérica. - Caralho vivi, tu é muito foda cara!!

Vivi: cala a boca, fala baixo! - falo olhando para a porta do quarto fechada. - tá doida?

Rafa: tá doida o que? A gente tem que confirmar logo isso, cara. Fazer um teste de farmácia, contar pra família, cara... o Victor vai surtar, ele vai enlouquecer! - diz animada, mas depois percebe a minha cara de desânimo, ao contrário da dela. - o que foi, cunha? Você não quer?

Vivi: nem passava por ela minha cabeça ter outro filho, rafa... pelo menos não por agora, juro pra você. - sou sincera. - eu tô assustada, tô... sei lá.

Rafa: apoio não vai faltar, muito menos amor! Estamos aqui contigo, somos uma família só agora, um contando com o outro sempre. E se for mesmo... vamos cuidar e amar muito esse nenezinho ai. - diz com a mão na minha barriga.

Abaixo a cabeça olhando pra mão dela na minha barriga e não consigo enxergar uma barriga de gravidez... se eu estiver mesmo, deve ser de pouco tempo. Lembro que mês passado ela veio, até então estava tudo certo.

Até estava meio inchadinha a barriga, mas sempre fico assim quando a menstruação está perto de chegar então, mais uma vez, nem passou pela minha cabeça.

Vivi: a gente tá num momento muito conturbado, rafa. Tô longe do Victor, não sei nem quando vou ver ele de novo...estamos no cu do mundo!! - ela rir. - não rir, é a verdade. Como eu vou fazer pra lidar com isso, sabendo que tô aqui justamente pra ser protegida e do nada descubro que tem um ser que precisa mais ainda de proteção?

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora