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VIVI

Me arrumei bem linda e fui trabalhar. Com a cabeça no lugar, tentando ignorar de todas as formas o que aquela mulher queria com aquele seco dos infernos.

Vou ficar me desgastando não cara... que nada! Agora é com ele, ele que resolva.

Tô sendo boa, boa até demais por ainda ter suportado essa merda toda. Ver a criatura implorando pra ele ir falar com ela, pedindo por favor... que nojo, meu Deus! Não sei como existe mulher desse nivel, que se rebaixe tanto a macho assim.

Ainda destilei meu veneno, montei um triplex não cabeça dele dizendo que ia sair depois do trabalho.

E vou mesmo, todo mundo vai, por que eu não iria? Vai me achar em casa para a gente conversar!

Até pensei que fosse me ligar, me infernizar como sempre faz toda vez que nos desentendemos, mas dessa vez até que não... não falou mais nada, deve tá putinho.

Engraçado, como é bom né? Quando sou eu, o bonito diz que eu tô surtando, que sou "esquentadinha, um furacão... é, como é bom né? Vai provar do próprio veneno, amor.

Fechamos a loja antes do horário de sempre, hoje tava liberado. Pegamos um Uber e fomos para o barzinho aqui por perto mesmo, o mesmo que costumávamos ir quando fazíamos resenha.

Veio todos, até quem folgou veio, deu uma galerinha boa, do turno da manhã, tarde e noite. Todo mundo se conhecia então... zero problemas.

Tava rolando música ao vivo, bem animado. Sentamos e começamos a beber.

Fernanda: vivi, se quiser dormir lá em casa pode dormir, viu? Já que vamos embora tarde e tu mora longe. - Nanda diz, falando perto do meu ouvido por conta do som.

Vivi: qualquer coisa te falo, amiga. Se ficar muito tarde mesmo vai ser o jeito. - respondo, no mesmo tom que ela.

Me ajeito na cadeira cruzando as pernas deixando minha bolsa no meio por conta do vestido que eu tava usando, pra acabar não mostrando nada. A mesa tava grande, juntamos três. Acabou ficando Fernanda do meu lado e Henrique do outro, eu consequentemente no meio.

Henrique: tá de boa? - olho pra ele, que tinha acabado de dar um gole na cerveja deixando o copo em cima da mesa agora.

Vivi: tá, tudo bem. Nanda que tava falando pra eu dormir na casa dela por conta da distância.

Henrique: se fosse mais tranquilo eu até falava que te levaria, mas entrar lá assim logo de madrugada... melhor não né?

Vivi: não mesmo. - nego. - mas esquenta não, acho que vou dormir na casa dela mesmo.

Henrique: é, mais seguro pra você. - assunto com a cabeça. - tá linda! - me elogia.

Vivi: valeu. - sorrio sem mostrar os dentes.

Ele estava bonito também. Na verdade ele é.. não vou negar. Quando ele chegou lá na loja fiquei até com um foguinho no rabo, por ser bonito e presença, mas só isso mesmo, não me envolvo com chefe.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora