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VIVI

Já tinha tanto tempo que não rolava invasão aqui que eu nem lembrava mais a sensação horrível que é.

Foi do nada, do nada um corre corre, bala comendo pra tudo quanto é canto... na hora estava discutindo com o Kevin que não queria me dar o celular de jeito nenhum.

Como tinha falado para o grego que iria tomar o celular dele, fui e fiz. Até por que, ele não se manda.

Não teve pra onde correr. A mãe sou eu, e quem manda sou eu. Foi eu pegar a porcaria do celular pra bala começar a comer.

Minha mãe já estava na casa dela lá embaixo, só sei que foi um corre corre, grego mandando a gente pro corre, minha mãe começando a rezar... foi horrível.

Carioca me ligou perguntando como eu estava, me pediu pra ficar quietinha e pra qualquer coisa ligar pra ele. Me sentir até tonta, Deus é mais!

Horas depois já tinha cessado, mas só saímos depois que o grego apareceu mandando a gente sair. Só aí eu pude respirar fundo aliviada...

Abraçamos ele que tava todo suado, mas nem me importei, só dele tá vivo é um motivo pra comemorar e agradecer a Deus. Morro de medo de acontecer algo com ele, e agora com o carioca...

Eu já aceitei que não tenho um pingo de vergonha na cara, eu sei. Já não basta a preocupação com meu irmão, ainda arranjo um macho num nível pior ainda.

Falando nele, liguei pra ele avisando que estava tudo bem. Ele me falou que estava na casa da avó, conversamos via chamada de vídeo. Ele me mostrou ela, que como sempre, um amor de pessoa...

Conversamos uns vinte minutos ainda, depois o mandei eu ir dormir porque me viu bocejando.

Quando desliguei a ligação acabei até sorrindo igual uma idiota... esse homem faz eu me sentir uma adolescente.

Lembrei do celular que eu tomei do bonitão que eu tinha colocado dentro do short jeans na hora do auê todo. Guardei bem guardado nas minhas coisas dentro do guarda-roupa para amanhã cedo vasculhar tudo que tá nele.

Queria muito fazer isso hoje mas nem tô me sentindo bem, acho que juntou tudo, sono, cansaço e mal estar. Tô bem não... fiquei tonta mais cedo e agora de novo, foi muita perturbação na mente, na verdade continua sendo ne?!

Só tomei um banho e fiz minhas orações de noite e dormir.

[...]

Acordei oito horas da manhã, era tão bom estar de férias...

Tiro o celular debaixo do travesseiro olhando as notificações, já vendo um bom dia do meu magrelo ali... dorme quase nada esse homem.

Respondo ele que nem on-line estava mais.

Levanto, faço minhas higienes matinais me lembrando de olhar o celular do Kevin.

Eu tenho certeza que tem algo ali que compromete ele, que ele não queria que eu visse. Ontem quando fui tomar, ele não quis me dar de jeito nenhum, deu mil justificativas, se negou mesmo de me entregar. Aí eu tive que fazer o que? Usar minha força, dei uns dois tapas e tomei a porcaria do celular da mão dele.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora