125 - penúltimo

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VIVI

Acordo no meio da noite sentindo umas pontadas no pé da barriga... já estranho. Ultimamente venho tendo contrações de treinamento mas nada que seja tão insuportável, mas dessa vez, tá doendo mais.

Olho pro lado vendo o Victor dormindo de barriga pra cima com o antebraço na região dos olhos, num sono profundo.

Sento na cama com a mão no pé da minha barriga sentindo ela dura. Coloco os pés para fora da cama e levanto com cuidado, quando coloco os pés no chão, sinto algo molhado escorrendo pelas minhas pernas.

É... a bolsa estourou, meu menino vai nascer.

Calma Viviane, calma! Não se desespera!

Eu caminho até o banheiro e ligo a luz verificando pra ver se tinha algum vestígio de sangue ou algo do tipo, não tinha... mas a bolsa tinha estourado. Em seguida, sinto outra pontada forte na minha barriga e dessa vez doeu mais.

Caralho, eu tinha esquecido o quanto que dói.

Respiro fundo contando de um até dez voltando pra avisar ao pai que o filho dele tá querendo nascer.

Volto para o quarto e ligo a luz para ele acordar logo, ainda estava tudo escuro, não olhei o horário ainda mas devia ser por volta de umas 4 da manhã.

Ligo a luz, vendo ele na mesma posição ainda, dormindo com a boca entreaberta, parecendo um velho.

Vivi: Victor... - chamo ele. - acorda. - silêncio como resposta... respiro fundo balançando ele pelo braço. - acorda porra!

Ele abre os olhos assustado colocando a mão em cima do criado mudo pra pegar a pistola.

Carioca: qual foi, qual foi pô? - ele pergunta assustado olhando ao redor do quarto.

Vivi: a bolsa estourou, larga essa arma. - falo tentando manter a tranquilidade.

Carioca: quê? Estourou? - pergunta confusa.

Vivi: seu filho quer nascer... acordei com dor e assim que levantei sentir esse líquido entre as minhas pernas. - aponto pra baixo. - e tá começando a doer mais.

Carioca: caralho... e agora? É pra ligar pra doutora né? - ele diz se levantando já, passando a mão pelo rosto, atordoado.

Vivi: sim, liga pra ela do meu celular, tô sentindo vontade de tomar banho, vai que ameniza... tá começando a doer muito. - falo sentindo outra pontada.

Carioca: tua barriga tá dura pra caralho. - ele pega nela. - pera, eu vou ligar agora. - eu pego meu celular entregando a ele. - tu quer ir pra banheira já?

Vivi: não... quero tomar um banho gelado, molhar a cabeça também. Quando elas chegarem, eu vejo como vou fazer.

Já estava tudo preparado pra ter ele aqui. Tinha exatamente tudo, aquelas bolas pra eu ficar, banheira... tudo.

Ele pega meu celular pra ligar e eu volto pro banheiro tirando minha camisola pra entrar debaixo do chuveiro, necessitando de banho.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora