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CARIOCA

Antes de chegar no camarote, cobra já tinha me passado a visão que a Viviane tava aqui com a Rafaela.

Até estranhei, nunca que ia imaginar que ela ia brotar aqui, ainda mais sabendo que podia se bater comigo a qualquer momento, ela sendo marrenta como é... deve tá querendo ver tudo, menos a minha cara.

Mas, fé. Não comentei nada com a Geisy que falava animada comigo, comentando sobre o baile, sobre a animação da galera. É porra louca mermo essa daí.

Meus seguranças fazem a fila pra eu passar. Segura na mão dela e vou andando na frente até chegar. Assim que entro, tiro minha mão da dela avistando o cobra no outro canto com a mina loirinha.

Sinto a Geisy passar o braço dela no meu, permaneço do mesmo jeito, só continuei andando.

Falo com ele, breve. E dou um giro com o olhar, procurando a problemática. Não demoro pra achar, reconheço essa mulher a quilômetros de distância.

Meu olho vai direto na blusa que ela tá usando, se é que eu posso chamar de blusa... mostrando a porra do peito todo.

Começo a ter uma guerra interna comigo mermo, né possível um bagulho desse... da pra ver tudo, parceiro! Só falta mostrar o bico do peito. Porque a porra da marca de fita tá bem acesa, chamando atenção.. que vagabundo que não olha?

Respiro fundo disfarçadamente vendo ela de lado, falando alguma coisa no ouvido da minha irmã, com um copo na mão.

Rafaela já me viu mas tá fingindo que não ta vendo, depois vai ser esculacho não certa. Tirada a minha avó é ela, se eu respiro, tô errado nessa porra.

Geisy: é ela né? Já até descobrir. - desvio o olhar, olhando pra Geisyane.

Carioca: ela o que?

Geisy: a sortuda, dona do seu coração. - fala num tom de brincadeira. - aquela de preto, né? Do cabelão.

Carioca: por que?

Geisy: você não para de olhar desde que chegamos... tive a certeza que é, e caralho... ela é muito linda. Bem posturada.

Carioca: ela mermo. - confirmo.

Geisy: tá dando nem ousadia de olhar pra cá... será que já te viu ou não?

Carioca: deve ter visto, mas ela é marrenta.

Marrenta é pouco pra essa aí.

Geisy: é... agora tô entendendo o que você falou mais cedo. - rir. - mas relaxa.

Não falo mais nada. Começo a trocar ideia com o cobra dando uns goles no meu copo também. Geisy me abraça pela cintura e eu retribuo deixando meu braço no ombro dela... quero ver ela não se morder de ciúmes.

Aonde pô, conheço. Ela só não demonstra.

O tempo passa, e eu só de canto trocando ideia com os caras, com a Geisy do lado, que tava conversando com a amiga.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora