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CARIOCA

Mandei mensagem pra ela, liguei mas nem tava me retornando. Quis nem esperar muito, só meti o pé e fui pro alemão.

Fico logo escaldado... não tá me respondendo por que?

Fui de moto mermo, pra ser mais rápido. Estaciono em frente a casa dela e entro, liberdade pra isso já tenho.

Subi direto, depois passava pra ver minha sogra. Passo pela porta ouvindo um som alto, tocando. Um funk antigo do Caralho, relíquia demais... papo de dez anos atrás.

Mc leozinho - toda gostosa. Porra! Muito antiga, mané!

A bonitona tava fazendo comida, cheiro tava bom. Entrei na cozinha dando de cara com ela, um short curto pra caralho no corpo e um top... tava de cabelo preso, se balançando no ritmo da música.

Ela nota minha presença tomando um susto, quase derrubando a panela que tava na mão.

Vivi: tá maluco? Meu Deus do céu que susto, Victor! - diz com a mão no peito, abaixando o fogo que esquentava a outra panela.

Carioca: só assim pra te ver né? Falar contigo tá foda! - me aproximo, dando um beijo nela. - não tava me respondendo por que? Posso saber?

Vivi: pera. - fala indo pra sala, diminuindo o volume do som, deixando praticamente mudo, voltando pra onde eu estava. - o que? Não tava te respondendo? - pergunta tentando entender o que eu tinha dito.

Carioca: sim pô, te liguei, mandei mensagem e tudo... nada! Vim logo pra cá.

Vivi: meu celular tá no quarto carregando, dormir sem deixar ele carregando aí já sabe. - cruzo os braços olhando pra ela. - o que? Vai começar as loucuras?

Carioca: falei nada não, tá assustada? - dou de ombros. - assim que tu me recebe né? Eu todo cheio de saudade, doido pra te ver, e recebo essa pedrada... é isso mermo, vagabundo só se fode. - ela rir, me abraçando pelo pescoço deixando um selinho na minha boca.

Vivi: meu Deus, que homem dramático! - me beija de novo. - nao te respondi propositalmente não, relaxa. Foi isso que te falei... mas Iai, como foi a volta? Tá de boa?

Carioca: foi tranquilo, cheguei em casa perto de amanhecer. - descruzo os braços envolvendo na cinturinha dela. - coisa linda de pai. - mordo seu pescoço de levinho.

Vivi: para ó... kevin tá aqui. - diz se encolhendo, fica toda mole a mandada. - seu tarado.

Carioca: se eu não resisto pô? Posso fazer o que? - passo a mão pelo cabelo dela, que tava preso num rabo de cavalo. - tava com saudade do teu homem?

Vivi: tava, pra caralho. - sorri. - é difícil admitir mas você faz falta.

Carioca: ih ala... a problemática se declarando pra mim, esquece, gamou no pai aqui! - gasto.

Vivi: tá vendo? Por isso que eu não falo nada, ridículo!

Carioca: vai trabalhar hoje de tarde? - mudo de assunto, curioso pra saber.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora