Outro Patamar

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VIVI

Decepcionada, arrasada e destruída, é assim que eu tô.

Cara, tudo bem... eu estava com as minhas dúvidas em relação a ela assim. Mas ouvir tudo que eu ouvir dela, foi foda demais.

Minha intuição não falha, nunca falhou, graças a Deus.

Acordei do nada, passei a mão pela cama e não achei o Victor... não sei o que me deu, só desci pra procurar ele, e quando chego na cozinha encontro quem?

Pois é.

Cheguei na parte que ela falava que sabia que era errado mas que era mais forte que ela, cara... o cúmulo.

Sentir a veia da minha testa saltar, me custou muito ter que ouvir aquilo tudo calada porque eu queria também, ver a postura do carioca. Que pelo menos nisso, não me decepcionou.

Mas quando ela se agarra nele, impossível... já tinha visto e ouvido demais pra uma pessoa que sempre se disse minha amiga, dar em cima tão descaradamente do meu namorado.

Quebrei na porrada e quebraria mais, dá raiva que eu estou, cometeria um assassinato, não por ele, mas pela descararão e falsidade dela. Na verdade não tem nem palavra certa sobre isso que ela fez.

Como eu disse, eu nunca, nunca faria nada do tipo! Namorado de amiga sempre foi como mulher pra mim, sempre respeitei, não tem cabimento, sabe?

Nunca fui de muitos amigos, tive alguns na adolescência mas depois que engravidei sumiram, e pra mim também não fez falta nenhuma, amigo de verdade nunca foi. Depois de anos fiz amizade com o Érick e depois com ela, formando o nosso trio, que por muitos anos, eram os melhores pra mim.

E sabe o que é mais engraçado? Que nunca nem tivemos brigas nem nada do tipo relacionado a homem, nunca! Sempre foi ela com os casinhos dela e eu com os meus

Mas depois do carioca eu notei certas mudanças, tipo daquela vez que tivemos uma leve discussão quando deu a entender que eu ligava para o status dele, como se fosse interesse da minha parte estar com ele.

Me deu maior apoio quando terminei, claro... ficou feliz, viu como uma oportunidade pra ela. Infeliz, ordinária!

Já perdi as contas de quantas voltas já dei por esse quarto tentando colocar a cabeça no lugar e me acalmar, mas não dava.

Até alguém bater na porta e depois abrir colocando a cabeça pra dentro... Érick.

Érick: posso entrar? - reprime os lábios.

Vivi: entra. - dou de ombros vendo ele entrar fechando a porta.

Érick: amiga, juro por tudo que é mais sagrado nessa vida, que eu não estava compactuando com nada disso que aquele vaca tava fazendo, de olho no teu bofe, juro! - cruza os dedos do meio e indicador. - antes que você pense besteira de mim por estar puta e com razão.

Vivi: você sabia ou desconfiava dela? - cruzo os braços olhando pra ele

Érick: não sabia, mas estava achando estranho uns comportamentos dela. Tipo, meio que querendo se insinuar, mas mantendo a plenitude. Pensei até que ela estava fazendo isso pra chamar a atenção do amigo do teu bofe, ou até do teu irmão, mas né...