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VIVI

Meses depois...

Sento no sofá sentindo minha coluna doer com o peso dessa barriga que a cada dia que passa cresce mais. As vezes penso que tem dois aqui dentro, não é possível.

Mas não, não é, é só um mesmo... calma!

Já fiz todo tipo de exame que é possível pra uma grávida fazer. Mesmo que eu não quisesse, o pai dessa criança me obriga.

Vivi: você tá agitada hoje hein, filho? - falo tocando na minha barriga bem do lado que ele tava mexendo.

Sim, é um menino!

No fundo eu sabia que seria, tanto que as vezes eu me referia como ele sem nem saber o que era ainda. Acho que era intuição de mãe.

Descobrir com cinco meses, não quis fazer sexagem, esperei pra descobrir no tempo dele porque perdi as contas de quantas vezes esse menino escondia o pinto na ultrassom e eu sempre tinha que esperar a próxima ultra pra conseguir descobrir.

Desde novo me fazendo passar raiva, é filho do Victor Hugo mesmo.

Tô na vigésima sexta semana. Tempo voa... parece que foi ontem que aconteceu tudo isso com o carioca e que descobrir que estava grávida.

Desde então, continuamos aqui em minas. O bonitão não quer que a gente volte pro Rio ainda.

E sobre ele, nos falamos todos os dias. Com o passar do tempo ele foi ganhando as mordomias dele. Conversamos por WhatsApp, quando não trocamos mensagens, é por chamada de vídeo.

Quer olhar pra minha cara todo dia!

Agora, eu posso dizer que estou um pouco melhor com a prisão dele. Inicialmente foi muitos difícil me acostumar com a ideia, tentava me fazer de forte mas só eu e Deus sabemos as noites em claro que eu já passei pensando em como ele devia está lá, mesmo ele falando que estava bem.

Eu sei que ele sempre vai dizer que está bem, nunca vai querer me preocupar.

A saudade é grande... bate forte demais. Visita? Não fiz nenhuma, por falta de vontade não foi.

Por mim, eu já tinha ido várias vezes, em todas as visitas. Levar tudo que ele gosta, ver como ele realmente está, poder tocar nele... mas não, ele não quer.

Estou respeitando, é o que posso fazer. Não tô na situação de fazer o que eu quero por inúmeros motivos.

Sinto saudades do Rio, do meu irmão, do meu viado, da minha rotina...

Falo com o Érick praticamente todos os dias, não deixo ele de lado nunca! Ele é o mesmo comigo, da até pena do bichinho... tá morrendo de saudades.

Minha mãe e a dona Dulce cada dia que passa estão mais amigas, amando aqui. Na verdade era tudo que elas precisavam... emily também está encantada.

Incrível como ela se adapta a qualquer situação.

Falando nisso, tá conversando com a mãe pelo celular com frequência agora.

Outro PatamarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora