CAPÍTULO 26

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Josh

Gozar com Any se contraindo em meu pau foi algo além das minhas expectativas. Meu coração batia acelerado quando me senti seco, mas ciente de ainda estar dentro dela. De olhos fechados, Peach parecia curtir o momento tanto quanto eu. Nunca tinha visto aquela sua faceta, as pálpebras trêmulas, as bochechas muito mais coradas do que o habitual, os lábios entreabertos e um filete de saliva acumulada no canto da boca.

Quando abriu os olhos, deixei que escorregasse pelo meu corpo até que tocasse os pés no chão. O pescoço estava cheio de marcas vermelhas que eu havia deixado com os meus dentes. Ato falho meu.

Ajeitei e fechei minha calça, encostando-me numa das paredes, puxando Any para perto e a acolhendo em meus braços.

— Acho que fomos rápidos demais — falei com a boca roçando o cabelo dela, pois a rosto de Any estava colado em meu peito.

Ela murmurou palavras desconexas e eu ri porque era bem a cara dela, armar o circo todo e depois perder a voz. Como estava pisando em território desconhecido, também fiquei calado por um instante, tentando pensar no tamanho do problema em que nos metemos.

— Preciso... hm... — Any se afastou o máximo que conseguiu naquele cubículo apertado e puxou o papel higiênico — preciso me limpar.

Seus dedos delicados tremiam quando ela se virou de costas para mim.

Depositei um beijo em seu ombro e saí do reservado para dar um mínimo de privacidade a ela. Any saiu dois minutos depois, totalmente refeita e com o cabelo arrumado.

...

  O silêncio dentro do carro estava me incomodando, mas não era um assunto para ser debatido com um motorista presente. Tentei, diversas vezes, decifrar o que se passava naquela cabecinha, mas era impossível.

Nem mesmo eu conseguia compreender o que tinha acontecido. Ou melhor, por que tinha acontecido. A iniciativa foi de Any, eu nunca cogitaria transar num banheiro público, principalmente com ela. Aquele ogro que parecia um homem das cavernas e que não teve a menor delicadeza, não me representava.

Ao chegarmos, Peach entrou no prédio enquanto eu ficava para pagar o táxi.

Encontrei a porta do apartamento aberta e fui atrás do rastro dela, que estava bebendo água. Parei ao lado da geladeira, de braços cruzados, e esperei.

Quando se virou para guardar a garrafa, deu de cara comigo.

— Tudo bem? — perguntei, desconfiado.

— Sim — ela balbuciou, sem me olhar nos olhos.

Eu me senti nervoso com aquele silêncio, já tinha dado várias chances para a pessoa se pronunciar. Como não funcionou, segurei seus dedos e a puxei para perto. Afastei o cabelo para expor o pescoço dela e vi a pele se arrepiar.

— Estou preocupado — beijei o ombro — porque não é do seu estilo — beijei o pescoço — ficar tão calada...Senti as mãos empurrarem meu abdômen enquanto beijava a orelha pequenina e Any abaixou a cabeça.

— Any...

Parei de tocá-la e respirei fundo, apoiando meus cotovelos na bancada atrás de mim. Ela não queria, ponto final. Só Deus sabia onde tinha se enfiado a Any do banheiro, pois eu tinha curtido bastante aquela garota.

— Peach, isso é novo para mim também. Estou tentando entender como tudo aconteceu tão rápido, mas a única coisa que sei é que foi bom demais pra que eu fique me lamentando de alguma coisa — falei, alisando o braço dela. — Vou tomar banho e deitar. Se você quiser, vá lá para o quarto. Se não, amanhã a gente conversa. — Beijei o rosto dela e deixei a cozinha.

Surreal! Meu corpo ainda pedia por mais, como se tentasse compensar os dias, semanas e meses que ficou longe de uma mulher. Eu vinha há tanto tempo com esse tesão incubado, que nunca gozei tão rápido quanto dentro daquela boate.

Enquanto repassava as últimas horas na memória, tomei um banho ligeiro e me sequei. Ao voltar para o quarto, Peach estava sentada no meio da minha cama, ainda com a mesma roupa.

Mantive contato visual com ela enquanto escolhia algo para dormir. Ao vê-la com os lábios pressionados, eu sabia que desejava falar alguma coisa, mas estava pensando demais.

— Você está bem mesmo com o que aconteceu? – perguntou ela, de uma vez.

— Muito bem — respondi, vestindo uma cueca boxer por baixo da toalha. — Podia repetir o que aconteceu a noite toda.

Soltei a toalha sobre a cômoda, indo até minha cama e me inclinando na direção de Any . Nossos rostos ficaram na mesma altura e eu pude enxergar a dúvida nos olhos escuros.

— Eu já saquei que você se arrependeu e não tem nada demais, tudo vai continuar igual entre a gente. — Dei um beijo de leve em sua testa.

Ela se ajoelhou na cama e se aproximou, apoiando as mãos nos meus ombros.

Fiquei imediatamente alerta, sem saber muito bem o que esperar dessa atitude.

— Você sabe que não sou santa.

— Sei.

— Não estou arrependida, só envergonhada. — Ela esfregou o rosto com as duas mãos e voltou a apoiá-las em mim. — Eu que causei isso tudo porque achei engraçado te torturar um pouco, mas nem nos meus mais loucos sonhos, sonhei que um dia nós fôssemos transar.

Decidi segurar aquelas mãos pequeninas e levei-as para trás das minhas costas. Lentamente, fui meio que obrigando Any a se deitar em meu colchão enquanto mantinha suas mãos presas nas minhas.— Eu já entendi — falei. — Amanhã eu deixo que você passe o dia inteiro com vergonha. Mas hoje... ainda é hoje.

Ela molhou os lábios entreabertos e, quando soltei meu peso sobre seu corpo, aproveitei para mordiscar aquela boca.

— Você não está me levando a sério — reclamou, tentando soltar as mãos.

Quanto mais Any tentava fugir, mais ela abria as pernas e eu me acomodava entre elas. No entanto, eu soltei suas mãos e apoiei as minhas ao lado de sua cabeça. Os olhos castanhos me encararam, surpresos.

— Se quer fugir, fuja — avisei. — Te dou essa chance.

Ela revirou os olhos, mas permaneceu imóvel.

— Cadê meu amigo nerd que sempre precisa de um empurrão pra pegar mulher?

Minha gargalhada fez com que ela relaxasse um pouco e aproveitei para deslizar minha mão por baixo do vestido. A pele arrepiada foi um incentivo a mais quando encontrei a tira lateral da calcinha e comecei a puxá-la para baixo.

— O mesmo nerd continua aqui — respondi. — Posso não ter muita disposição para chegar nas mulheres, mas eu sei o que fazer quando estou com uma, Any ...

Sem desviar meus olhos dos dela, joguei a calcinha no chão e percorri cada extensão do seu sexo macio e úmido, pronto para mim. Estimulei seu clitóris, arrancando alguns suspiros ofegantes, enquanto pensava em tirar logo aquele vestido.

— Você se acha espertinha, mas tenho alguns anos de vantagem em cima — sorri, infelizmente tendo que levantar da cama, pois precisava de uma camisinha.

Sedutora amizade - ADAPTAÇÃO Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora