✨ Cap 17 ✨

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Carolleite26
Toda sua minha linda ❤️🥰

Sophia: Inútil? Irresponsável? - sorri sem vontade - nossa sua evolução é impressionante Bruno... de seu amor a inútil em tempo recorde - me aproximei ainda mais dele - nada mais me surpreende vindo de você... um covarde... traidor... dissimulado - desferi um tapa com toda força em seu rosto, era a primeira vez que isso acontecia e eu confesso que era libertador.

Bruno: Já te falei para não encostar um dedo em mim - segurei em seu braço com força e lhe puxei para junto de meu corpo - você não é nada... não é ninguém Sophia... fica aí nesse seu pedestal fingindo ser uma santa, intocável... mas de santa não tem nada... é uma dissimulada... se eu te traí você mereceu e como mereceu - sorri de lado - tadinha... já ouviu aquele velho e conhecido ditado, quem não dá assistência abre a concorrência? Só fiz o que você mesmo me permitiu - a soltei com força e me afastei.

Sophia: Querendo ou não você me deve respeito Bruno, sou a sua mulher e não uma qualquer - falei com raiva - não vou permitir que me traía na cara dura... isso eu não vou aturar.

Me aproximei dela com o sangue fervendo e com raiva desferi um tapa em seu rosto.

Bruno: Já te falei que comigo você não grita Sophia... sou o homem aqui, quem tem que falar mais alto sou eu... eu - bati em meu peito com raiva - você é uma inútil... uma imprestável que nem para me dar um filho serviu... Arthur estava certo mesmo de te trair... você é um nada.

Senti o meu rosto arder e logo as lágrimas virem sem pena. Essa não era a primeira vez que ele havia sido agressivo comigo, estava tão cansada de tudo isso, de ser submissa e aceitar tudo que ele fazia.

Sophia: Você pode ser o que quiser Bruno, mas eu não vou permitir que me trate mais dessa forma... que me use e depois me descarte... isso acabou... faça da sua vida o que bem entender, mas da minha não mais - lhe enfrentei.

Bruno: Já te mandei calar essa maldita boca Sophia - me aproximei dela vermelho de raiva - ou...

Sophia: Ou o quê? - lhe interrompi - vai me bater? Então faz, vai em frente seu covarde... não seria a primeira vez que você tocaria em mim - falei com ódio.

Como há dias não falava com a Sophia decidi ir até a sua casa. Ela não era de fugir, tão pouco se esconder, então deduzi que algo acontecia. Quando cheguei falei com um dos empregados e fui para o seu quarto. Entrei bem a tempo de presenciar o que estava acontecendo entre ela e o suposto marido. Há como o meu sangue ferveu quando meus olhos bateram sob ela, queria bater naquele covarde sem pena.

Constanza: Nem mais um passo Bruno - falei séria e autoritária - não vai gostar do que vem a seguir, isso eu te garanto - falei me aproximando de Sophia - você está bem? Vamos, pegue suas coisas e vamos sair daqui.

Bruno: Me divirto muito com a sua ousadia Constanza... acha mesmo que a minha mulher vai sair da sua casa para viver com uma... doente como você?

Me afastei de Sophia e me aproximei dele lhe dando um belo tapa no rosto. Ele sentiu e como sentiu o impacto da minha pesada mão no seu rosto. Ele até tentou revidar, mas eu segurei a sua mão e me aproximei ainda mais dele.

Constanza: Já te falei que você não me conhece... não vai querer se meter comigo Bruno, tenha certeza disso - lhe sorri e soltei a sua mão - não ache que por ser homem você me intimida, já fiz coisa piores com covardes como você... eu não vou cair nos seus joguinhos, apesar de desejar ver até onde você é capaz de ir... de você eu espero o pior e estou mais do que preparada para retribuir cada ação sua... agora saía... antes que eu faça o que tanto anseio com você - falei entre dentes.

Bruno: Isso não acabou Sophia - a olhei e voltei a olhar aquela mulher que tanto desprezava - nos vemos por aí... se cuida - sorri e saí do quarto deixando elas.

Deixei ele sair e fiquei lhe observando sem me mover do canto. Ele não me intimidaria. Quando a porta fechou me virei e corri até Sophia, bem a tempo de lhe segurar em meus braços.

Constanza: Está tudo bem meu anjo... tudo bem... ele não vai mais fazer nada contra você, te prometo... vamos sair daqui... pegue suas coisas...- beijei os seus cabelos.

Sophia: Cony...- solucei chorando - obrigada... se... se você não estivesse aqui...

Constanza: Não pense nisso, vamos lá! - me afastei um pouco dela, segurei em seu rosto, sequei suas lágrimas e lhe sorri - vamos organizar as suas coisas, meu motorista está lá embaixo... depois resolvemos o que você vai fazer, sim?

Sorri e lhe abracei mais uma vez. Logo depois fui ao closet e com sua ajuda organizei algumas coisas minhas. Seu motorista nos ajudou e pouco depois saímos dali. Eu não queria ser um peso para ninguém, muito menos para ela, mas não tinha mais ninguém na vida, apenas ela e havia lhe abandonado, isso era o que mais me doía. Havia soltado a mão de que nunca me deixou, traí a nossa amizade e mesmo assim ela estava ali, ao meu lado, sendo fiel ao que me prometeu. Assim que chegamos em sua casa ela me levou para o quarto de hóspedes, me ajudou com as coisas e saiu, me deixando sozinha. Tomei um banho, vesti uma camisola e me deitei na cama, chorando. Era apenas isso que eu conseguia fazer, chorar.

Flashback On...

Eu e Arthur levávamos quase dez anos de casados, com um lindo filho de aproximadamente oito anos. Estávamos em mais uma de nossas crises. Sei que ele estava bastante sobrecarregado com as coisas da empresa, da casa, sem falar na sua mãe. Há pouco menos de quatro meses o seu pai havia falecido, deixando tudo com ele. Foi um baque para todos, mas para ele foi pior. Arthur não demonstrava os seus sentimentos como deveria, estava cada vez mais fechado, o que só piorava a nossa situação. Tínhamos discutido mais uma vez na noite anterior, ele saiu logo cedo sem se despedir. O que quase nunca acontecia. Apesar de estar bem para baixo tinha que fingir estar bem pelo meu filho. O que não passava despercebido pela minha sogra. Após o café nós duas conversamos e ela me aconselhou a lutar pelo meu casamento e foi o que eu fiz. Organizei uma pequena mala, me despedi dela e do meu filho, que ficaria sob os seus cuidados e o da babá. Entrei no carro e fui em direção ao meu amor. Foram horas na estrada, até que cheguei ao hotel.

Sophia: Boa noite - sorri cumprimentando a recepcionista - procuro o Sr San Roman, sou a esposa dele... Sophia San Roman - falei lhe mostrando a minha habilitação.

Recepcionista: Boa noite Sra - verifiquei sua documentação e lhe entreguei uma chave - o Sr San Roman está na cobertura, pode subir que logo a sua bagagem será levada.

Sophia: Obrigada minha querida - peguei a chave e fui para o elevador, sentia o meu corpo prestes a flutuar, ainda não estava acostumada com tudo isso... ser a Sra San Roman tinha um peso... uma responsabilidade tremenda e eu estava longe de alcançar o patamar da minha sogra... quando o elevador parou caminhei até a porta, abri e entrei... estava tudo silencioso, provavelmente Arthur estava descansando, o que era de se esperar... caminhei pela sala e me surpreendi ao ver uma das camisa do Arthur junto de um vestido vermelho... por mais que não quisesse acreditar no que eu via, minha mente e o meu coração já trabalhavam naquela certeza... entrei no corredor e fui em direção ao quarto principal, mas parei antes de entrar ali... me abaixei pegando um sutiã que estava no chão e mais a frente a cueca dele... quando me ergui ouvi alguns gemidos altos virem do quarto e foi aí que os meus olhos marejaram... respirei fundo, criei coragem e segui... quando abri a porta a cena foi um horror... deixei as peças de roupas caírem no chão e levei a mão a boca - Arthur...- chamei o seu nome baixinho bem na hora em que ele olhou nos meus olhos... me virei e com uma velocidade surreal saí daquele lugar... apertei o botão do elevador tanto que senti o meu dedo doer, mas nem tanto quanto a dor que sentia em meu coração... assim que a porta abriu eu entrei e as portas se fecharam... foi ali, sozinha que eu desabei.

Não sei o que deu em mim para fazer o que fiz, mas quando percebi e caí na real já era tarde. Inacreditavelmente la estava Sophia, parada na porta daquele quarto, chocada com a minha safadeza. Rapidamente tirei aquela mulher de cima do meu corpo, me vestí como pude e corri indo atrás dela. O elevador já estava em movimento, para retornar seria um século. Vi aquela mulher sair vestida do quarto, falando comigo, mas lhe ignorei, tudo que me importava naquele momento era a minha esposa. Peguei a chave e fui para as escadas. Não iria permitir que o meu amor saísse daquela forma.

Continua...

Mi Lugar Seguro - Victoria y Estevão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora