Mi Lugar Seguro - Victoria y Estevão (Concluído)

✨ Cap 22 ✨

Carolleite26
Toda sua ❤️😍

Sophia: E tudo o que eu fiz foi lhe afastar - suspirei cabisbaixa - todo esse tempo e eu nunca percebi nada...

Silvestre: Tem certeza disso? - questionei calmamente - as vezes percebemos e fingimos que não... por medo do que possam falar... receio do novo... do desconhecido... não se culpe por nada... ela escolheu fazer isso... não foi por obrigação, mas sim por amor - lhe sorri - com licença, preciso sair para fazer as compras da casa... se a Sra precisar de alguma coisa pode ficar a vontade... está tudo pronto - a olhei mais uma vez e saí lhe deixando sozinha... minha parte eu fiz, agora seria com ela.

Longe dali...

Apesar de estar perto de minha mãe, não estava com a cabeça ali. Só pensava em Estevão e em como poderia lhe ajudar em tudo aquilo. Não me sentia a vontade para conversar com ela sobre nada e sei que nem seria o momento apropriado para isso, primeiro ela iria se recuperar, depois quem sabe nós duas tocávamos naquela questão? Os dias foram se passando e apesar da correria ia de encontro ao meu amor. Não era frequente, nem poderia ser. Não poderia arriscar que alguém desconfiasse de nada. O que tanto vinha protelando aconteceu, tive que voltar a clínica nos meus horários vagos para administrar as coisas por lá, minha mãe estava afastada. Estava cada vez mais difícil trabalhar ao lado daquele insubordinado do Dr Carlos, nossas idéias não batiam e ele sempre estava batendo de frente comigo. Havia pedido a minha secretária para lhe chamar e agora estávamos um de frente para o outro, discutindo mais uma vez.

Victoria: Chega Dr - o olhei séria porém calma - nós dois temos conceitos e ideologias totalmente diferentes, não tem respeito por mim, passa por cima das minhas ordens constantemente, está se tornando cada vez mais insustentável trabalhar com você dessa forma... por bem de ambas as partes o melhor é encerrarmos por aqui a sua contribuição para a clínica... não se preocupe, irá receber tudo como deve.

Carlos: Você não pode me demitir dessa forma, não tem essa autonomia - levantei da cadeira com raiva - muito se vê a fedelha burra e mimada que você é... Constanza irá saber das suas brincadeiras de mau gosto - lhe enfrentei com raiva.

Victoria: Não só posso como estou Dr - me encostei na cadeira cruzando as pernas - tudo está preparado e foi feito nos conformes... eu e você não temos a mínima química para trabalharmos juntos... minha mãe não precisa me autorizar a nada, tenho total liberdade para fazer o que bem entender... tudo isso aqui me pertence, sou sua herdeira legítima... a única...

Carlos: Uma bastarda, é isso que você é - bati na mesa com força - isso não para aqui Victoria, não para... irei conversar com a Constanza, você não vai fazer isso comigo... me descartar como um lixo... não vai - saí de sua sala batendo a porta com toda força.

Victoria: Não preciso ter o sangue dela, só preciso do seu amor - sussurrei baixinho aquelas palavras sentindo o meu coração bem pequenininho - é tudo que tenho e necessito... seu amor...

Por mais que tentasse não conseguia me concentrar no trabalho, minha cabeça estava trabalhando a 300 por hora. Quando finalmente anoiteceu saí daquele lugar e fui para casa. Tomei banho, troquei de roupa e me deitei na cama. Não sentia fome para comer nada, tão pouco sono para conseguir relaxar. Estava totalmente sem paz. Virei de um lado para o outro e não consegui dormir, estava bem inquieta. Me levantei, coloquei um moletom, entrei em meu carro, deixei minha bolsa no banco do passageiro e saí. Passei basicamente o resto daquela madrugada na estrada, mas quando o sol nasceu estava lá, no lugar em que o meu amor se escondia. Peguei a minha chave, minha bolsa e desci. Entrei ali e suspirei diante de todo aquele silêncio. Tirei a sapatilha que usava, deixando ali e fui para o quarto. Ele dormia serenamente na cama, envolto em uma manta, estava bem frio. Me deitei com cuidado ao seu lado e sorri ao sentir ele me abraçar bem apertado.