✨ Cap 52 ✨

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Carolleite26
Toda sua meu bem ❤️✨

Após almoçarmos fomos a sorveteria, nos empanturramos de sorvete e fomos dar entrada no fórum para o dia do nosso casamento. Estava tão feliz, tão realizado ao lado dela. Em algumas semanas seríamos oficialmente marido e mulher, mas um do outro desde o dia que nos conhecemos, que entramos na vida um do outro. Em alguns meses seríamos pais, os pais mais felizes e orgulhosos de todo o mundo. Quando saímos do fórum levei a Vicky até o shopping e foi inevitável não comprar roupas e alguns objetos que o nosso pequeno ou pequena iria precisar. Era um mundo apaixonante, só bastou ver os berços e as pequenas roupinhas que os meus olhos se encheram de lágrimas.

É eu sei, sou um bobo. Um bobo apaixonado pela esposa e pelo filho ou filha. Quando chegamos em casa foi aquela festa com as nossas mães e o meu sogro, que não parou um só instante de paparicar a Vicky. Após um banho descemos para jantar, ficamos mais um pouco conversando e subimos. A Vicky foi ajudar a sua mãe e eu fui ao quarto que minha mãe estava. Bati na porta e entrei.

Estevão: Podemos conversar um pouco? - questionei parado na porta.

Sophia: Vem aqui - bati no outro lado do colchão lhe chamando e guardei o meu celular.

Estevão: Como está se sentindo? - segurei a sua mão - eu sei que as coisas estão complicadas, que não sabe muito bem como fazer para mudar as coisas. Mãe, eu só quero que saiba que eu estou aqui, que não está sozinha.

Sophia: É meu filho, as coisas não estão nada bem e parece que a cada dia pioram ainda mais - suspirei me encostando na cama - a Conny não quer me ver, toda vez que eu me aproximo ela me evita, estou enlouquecendo com isso - fechei os meus olhos e logo os abri - e isso me deixa tão confusa... tão... não sei - suspirei pesado - sem falar no seu pai que não está muito bem.

Estevão: Ele vai ficar mãe - me encostei na cama e lhe abracei apertado - o papai é forte, ele vai sair dessa, eu creio nisso... somos amigos, não somos? - ouvi ela concordar - então se abre comigo, sei que não tem uma amiga com quem possa falar. Vamos fingir que eu sou um amigo e não seu filho, ok? - beijei os seus cabelos e me ajeitei na cama - está dividida entre um amor antigo e um amor que sempre esteve aí, adormecido. Um amor da adolescência, um amor cúmplice, presente, alguém que te fez muito bem. Eu poderia muito bem te dizer para dar uma chance ao seu marido, vocês ainda estão casados, o que anulou o seu casamento ou poderia te dizer para entrar com um pedido de divórcio e ir viver ao lado desse amor que sempre esteve ao seu lado. Mas não vou, isso só cabe ao seu coração e se for incapaz de decidir entre um ou outro, fique com os dois - fui sincero - ah quem liga para o que vão falar? Danem-se os julgadores, vocês são adultos, livres, independentes. Não estão cometendo nenhuma traição, vocês se amam e merecem ser felizes - voltei a segurar em sua mão - seja com o meu pai, com a Sophia ou com os dois, tem o meu total apoio, se prometer que será feliz sem pensar em mais ninguém e quem está te falando isso é o seu filho e não um amigo. Não precisa da minha autorização para nada, ainda mais se for para ser feliz. Já sofreu tanto - sequei o seu rosto - não tenha medo de amar, de ser feliz, só escolha ser, só pense em você - beijei a sua testa - a vida está te dando uma nova oportunidade de ser feliz, vá em frente.

Sophia: Obrigada meu filho - lhe abracei com amor - prometo que vou pensar em tudo que está falando, mas não é fácil. Eu queria te dizer que é, mas não consigo. Foi tão complicado para mim assumir o que sinto pela Constanza, quem dirá assumir um relacionamento a três - gargalhei - sua mãe não nasceu para isso meu amor, não mesmo. Pode sossegar essa cabecinha, eu vou ficar bem, só preciso resolver essa bagunça que existe aqui dentro da minha cabeça

Estevão: Eu sei mãe, eu te entendo. Sei o quanto a vida é dura conosco, o quanto nós somos carrascos com nós mesmos - beijei a sua mão - eu só quero que fique bem e lembre-se sempre de que eu estou aqui, como filho, amigo, conselheiro.

Sophia: E eu sei meu amor - o puxei para deitar na cama comigo - hoje será todo meu, não vou te deixar sair daqui não - brinquei lhe agarrando.

Estevão: Sua nora vai vim e dormir aqui também - ri lhe abraçando.

Sophia: Não importa, tem espaço para os quatro - ri.

No outro quarto...

Victoria: Agora sim dona Constanza - ajeitei os travesseiros e ela se deitou - como se sente? Quer mais um cobertor? Travesseiro? Um copo de leite? - me sentei ao seu lado.

Constanza: Não meu amor, não preciso de mais nada, está tudo perfeito - segurei sua mão e sorri - fisicamente eu estou bem, sem dor, sem sintoma algum. Juan me confirmou que está tudo bem, só preciso seguir com as medicações e continuar as revisões periodicamente.

Victoria: Assim que saiu da consulta ele me ligou e antes que reclame fui eu quem dei a ordem para ele. É a minha mãezinha, a sua saúde é a coisa mais importante para mim - acariciava a sua mão - não estou desconfiando do que me fala, mas é que depois daquele susto que me deu não consigo ficar tranquila.

Constanza: Eu sei minha filha e sinto muito por ter feito isso, eu não queria preocupar vocês, mas foi o que eu acabei fazendo, não é? - sorri fraco - estive pensando em uma coisa e não quero que pense que vou te abandonar, tão pouco o meu neto, mas... estou pensando em aceitar o convite de um amigo para participar de uma conferência internacional, ele quer que eu vá dar palestras, são três semanas, estão apenas fechando as datas, mas só aceito se for depois do seu casamento. Vicky, a Sophia precisa desse tempo, eu sei que ela está dividida entre o grande amor da vida dela e eu, a amiga... a mulher que lhe deu novas experiências. Sinto um vazio terrível em meu peito, não consigo tirar da cabeça que tudo que nós vivemos foi anulado - senti os meus olhos marejarem.

Victoria: Mãe - lhe abracei - a única coisa que foi anulado é o casamento, de resto tudo permanece verdadeiro, o que vocês viveram ninguém irá apagar. Estive aqui esse tempo e vi o quão feliz ela foi ao seu lado. Sei que existe a confusão, ficou uma história inacabada entre eles dois e merecem resolver isso. Fico feliz que esteja bem e que esteja focando em sua vida profissional também, não quero que fique deprimida trancada nesse quarto. Vamos sentir saudades, mas é por uma boa causa e eu acho bom estar aqui quando o seu neto ou neta chegar, quero que compartilhe comigo esse momento tão importante para uma mulher, ser mãe.

Constanza: E eu fui muito feliz ao seu lado - senti as lágrimas descerem - por mais que me doa fazer isso, eu preciso, ela não terá coragem de me deixar ir. E entre vê-la infeliz ao meu lado e feliz ao lado dele, eu prefiro deixar que ela vá e que seja feliz com ele. Que tudo seja diferente, a Sophia já sofreu tanto - lhe sorri - eu não vou permitir que isso aconteça novamente meu amor, sua mãe é uma mulher forte e vai ficar bem. Lógico que não, eu não te deixaria passar por isso sozinha, ainda mais sendo a primeira vez. Aliás poderia ser a terceira, em todas elas eu estarei para a minha butterfly - lhe puxei para os seus braços - eu te amo muito, muito e é por você que eu sigo em frente.

Victoria: Tudo vai se resolver mãe. A situação pode ser totalmente diferente do que pensa, é questão de ver todos os lados da história. O que eu sei é que amor não se finge, a Sophia esteve aqui esse tempo todo e foi muito feliz ao seu lado. Eu te amo muito - beijei o seu rosto e me deitei na cama com ela. Assim que ela adormeceu saí de fininho e fui para o meu quarto.

Victoria: Pensei que estivesse dormindo - fechei a porta, tirei o robby e me deitei na cama com ele - está sem sono?

Estevão: Esperava vocês, já me acostumei a dormir com você, bem grudadinho - sorri - então enquanto não vem eu não consigo dormir.

Victoria: Demorei não foi? Estava conversando com a minha mãe, não queria lhe deixar sozinha - me aconcheguei a ele - eu também me acostumei a dormir agarradinha com você, nós dois.

Estevão: Não demorou, eu também estava com a minha mãe - beijei os seus cabelos - elas estão tristes com tudo isso, não sabem o que fazer.

Victoria: Me sinto tão impotente diante dessa situação toda. Elas estavam tão felizes, não estou achando ruim o retorno do seu pai, isso não. Eu fico feliz por sua família, pela nossa. Vocês estão tendo uma oportunidade para viver tudo que não puderam antes. Elas só estão com medo de serem felizes.

Continua...

Mi Lugar Seguro - Victoria y Estevão (Concluído)Where stories live. Discover now