03| Invasão de privacidade e outras drogas

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"Dean já sabe quem ela é. Anna Lis contou. E agora ele acha que pode invadir o quarto dela."

OLHEI UMA ÚLTIMA vez para o meu reflexo no espelho, reparando nas manchas arroxeadas abaixo dos meus olhos

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OLHEI UMA ÚLTIMA vez para o meu reflexo no espelho, reparando nas manchas arroxeadas abaixo dos meus olhos. Minha insônia continuava a me matar lentamente e isso era frustrante. Soltando um suspiro longo e desanimado, entrei embaixo do chuveiro com a esperança de que meus problemas pudessem escorrer pelo ralo junto a água que lavava meu corpo.

Uns quinze minutos depois me enrolei em uma toalha e saí do banheiro. Levei a mão ao coração quando o mesmo disparou ao ver Dean Stone parado próximo a minha mesinha de estudo, segurando um dos porta-retratos com uma foto minha com a mamãe.

― É uma linda foto. ― O rapaz falou ainda de costas para mim.

― Como entrou aqui? ― minha voz soou ríspida.

― Encontrei sua colega de quarto no dormitório masculino e perguntei por você. ― Dean repousou o porta-retrato cuidadosamente sobre a mesinha. E quando fez menção de se virar em minha direção, eu gelei.

― Não ouse! ― gritei um pouco alto demais, fazendo o mesmo parar estático.

― Você está nua? ― Questionou.

Podia até arriscar que ele tinha um sorrisinho idiota nos lábios.

― Se esse fosse o caso, além de invasor de privacidade, você também seria considerado um tarado idiota. ― bufei enquanto avançava em direção ao guarda roupa.

― E seus elogios se tornando cada vez melhores... ― disse com divertimento.

― Ainda não terminou de explicar como entrou aqui. ― Retomei o assunto anterior tentando não entrar naquele.

― A sua amiga foi muito útil me dizendo onde vocês guardam a chave reserva. Mas ela me disse coisas antes disso...

― Que tipo de coisas?

Tá, eu não devia estar me mostrando interessada no assunto, mas isso é realmente difícil quando se é a pessoa mais curiosa do mundo.

Nem pense em magoa-la outra vez, ou arranco as suas bolas. ― Declarou com uma voz ridiculamente fina.

― ELA FEZ O QUE? ― Praticamente gritei quando me liguei dá merda que Mariana tinha dito pra ele.

Me magoar de novo?

Por que a idiota não botava logo na rádio que fiquei mal quando ele simplesmente sumiu do mapa?

Céus, onde enfio minha cabeça em uma hora dessas?

― O que ela quis dizer com isso, Scott? ― A voz do rapaz soou pelo cômodo de forma calma, e parecia ansioso pela minha resposta. ― Eu sei que ainda guarda mágoa pelas merdas que aprontei no passado, mas tive a impressão de que ela não se referia a apenas isso... ― Voltou a falar quando não conseguiu uma resposta minha. ― Tem algo mais que eu deva saber?

Sempre | Melhores momentosWhere stories live. Discover now