As cenas abaixo terão eventos do tempo em que Dean passou em New York
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3 anos atrás
Qual vez era aquela?
Vigésima terceira ou vigésima quarta?
Provavelmente, a trigésima nona...
Eu me sentia doente por não conseguir parar de olhar o perfil da Anna Lis. Quando tomei a pior decisão da minha vida, mais ainda sim a mais sensata, prometi a mim mesmo que a deixaria em paz. Saí do país, comecei a faculdade de administração em New York, e desativei todas as minhas redes sociais. O plano desde o início era ficar longe até que ela me esquecesse.
Mas em dias como aquele, onde a falta que ela me fazia era ainda maior que todo meu autocontrole, o mínimo que podia fazer era Stalkear-lá no Instagram por uma conta fake.
Eu me sentia um fraco toda vez que fechava o computador, depois de ter ficado horas procurando qualquer coisa sobre ela. O que não era nada fácil, pois Lis mal postava coisas sobre si, apenas fotos de paisagens e coisas tristes.
Um caminho mais fácil, com certeza, seria o meu melhor amigo. No entanto, não queria parecer desesperado e muito menos que Max a fizesse pensar que estava voltando atrás. Aquilo nunca! Lis era o que havia de melhor em mim e mesmo que a falta que sentia dela me matasse um pouco mais a cada dia, eu suportaria tudo. Por ela.
Deixei o notebook de lado e peguei o celular do bolso, quando o mesmo começou a tocar.
-― O que quer, Jack? ― Perguntei mal humorado.
― É assim que fala com o seu melhor amigo e único em New York? ― A voz extremamente animada e embriagada do outro da linha me faz revirar os olhos.
― Desembucha, Hale! Estou ocupado com um trabalho da faculdade. ― Desviei o olhar para a tela do computador, e uma Anna Lis sorridente sorria pra mim. Era uma foto de perfil antiga, mas ela estava linda.
― Não tente mentir pra mim achando que irei acreditar, Stone. Está olhando o perfil da garota do Brasil, não estou certo?
― Não! Estou fazendo um trabalho. ― continuei a mentir. Não queria que Hale ficasse enchendo o saco depois. ― Se ligou apenas para cuspir merda, estou desligando. ― avisei impaciente.
― Quero que venha a uma festa! ― Jack sabia que eu não blefava, então se apressou em falar de uma vez.
― Não.
― Só dessa vez, cara! Estou querendo aproveitar a noite, mas não posso dirigir bêbado. E já que a mulherzinha aí não bebe, pensei que poderia ser meu motorista.
― Não, Hale! Não tenho tempo pra dar uma de babá.
― Quebra essa, Stone. Só preciso de duas horas... ― insistiu.
